"Sinto preconceito todos os dias", diz ator 15 anos após "Cidade de Deus"
Leandro Firmino relembrou sua trajetória 15 anos após ficar conhecido no cinema como o Zé Pequeno no filme "Cidade de Deus", ao conversar com Lázaro Ramos no "Espelho" de segunda-feira (4) no Canal Brasil. O ator, hoje com 39 anos, disse que ainda sente o preconceito contra os negros em situações do cotidiano.
"Infelizmente sinto preconceito todos os dias. Quando chego numa agência bancária, a maioria dos gerentes são brancos, vejo um ou uma gerente negra. Quando vou a um hospital, todos os médicos são brancos, só fui atendido duas vezes na minha vida por um médico negro. Não me sinto representado e sofro com isso, por chegar em lugares em que determinadas funções importantes ou de chefia são ocupadas por pessoas brancas".
A maneira como a polícia muda o tratamento de acordo com a cor da pele também o incomoda. "Só fui parado pela polícia duas vezes na minha vida e deu tudo certo, mas a abordagem policial é uma das coisas mais escrotas para a população negra. O jovem negro toma porrada se estiver andando à noite", desabafa.
A representatividade nas telas é outro fator que faz diferença na representatividade. "Falta muito para o negro ser protagonista e contar suas histórias. Gostaria que isso fosse resolvido agora, pudesse ligar a TV e assistir a uma história com 80% dos atores negros".
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