Com Trump na mira, "Star Trek: Discovery" retoma saga após 12 anos de jejum
Um dia após a exibição pelo canal CBS nos Estados Unidos, a série "Star Trek: Discovery" chega aos espectadores brasileiros nesta segunda-feira (25), na Netflix.
Com Sonequa Martin-Green (a Sasha de "The Walking Dead) como protagonista, a produção marca o retorno de "Star Trek" à TV após um jejum de 12 anos. A última vez em que a franquia foi visitada foi em "Star Trek: Enterprise", que terminou em maio de 2005.
"Star Trek: Discovery" se passa dez anos antes da história retratada na série original, exibida em 1966. Na trama, a guerra entre Federação dos Planetas Unidos e o Império Klinglon eclode, deixando o cenário parecido com o da corrida eleitoral dos Estados Unidos em 2016.
Mas a aproximação com a política dos Estados Unidos não é mera coincidência. "Começamos a trabalhar na série bem quando a eleição estava acontecendo", diz o showrunnner Aaron Harbest em entrevista à "Entertainment Weekly". "Os Klingon vão nos ajudar a olhar para certos pontos de nós mesmos e do país. Isolamento é um grande tema. Racismo é um grande tema. Os Klingons não são os inimigos, mas eles têm uma visão bem diferente das coisas", continua.
Além da questão da imigração, "Star Trek: Discovery" também vai abordar o conflito entre Estados Unidos e Coréia do Norte. "O que começou como um comentário que dividiu a nossa nação - entre pró-Trump e anti-Trump - alcançou a Coréia do Norte e agora nós estamos na beira do abismo. Os Estados Unidos estão agora no mesmo lugar em que a Frota Estelar está no primeiro episódio. Mas como que nós colocamos fim a um conflito quando os dois lados têm opiniões tão fortes?", questiona Gretchen J. Berg, a outra showrunner da produção.
Nos bastidores da estreia de "Star Trek: Discovery", o tom também foi político. Uma foto do elenco e da equipe da série de joelhos repercutiu tanto quanto a própria estreia da atração.
Na imagem, Martin-Green e parte do elenco e da equipe aderem à campanha #takeaknee, iniciada por atletas da NFL, a principal liga de futebol americano. Há alguns dias, os jogadores passaram a se ajoelhar durante a execução do hino, como protesto contra a brutalidade policial, sobretudo com negros e latinos.
A campanha irritou o presidente Donald Trump que usou o Twitter para recriminar e xingar os atletas que propagaram o gesto.
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