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Roman Polanski é novamente acusado de estuprar atriz menor de idade

O cineasta Roman Polanski - Getty Images
O cineasta Roman Polanski Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

03/10/2017 15h11

O cineasta polonês Roman Polanski está sendo novamente acusado de estupro. A atriz alemã Renate Langer afirmou, em declaração oficial, que o diretor a forçou a ter relações sexuais quando ela tinha apenas 15 anos.

O caso teria acontecido na casa de Polanski em Gstaad, na Suíça, em fevereiro de 1972, segundo informações do jornal “The New York Times”. Após um mês, Polanski teria se desculpado e oferecido à atriz um papel no filme “Che?”.

Diretor de clássicos do cinema, como “Chinatown” e “O Bebê de Rosemary”, Polanski teria estuprado Langer novamente, dessa vez em Roma, após a conclusão das filmagens. Ela conta que se defendeu arremessando um frasco de perfume e uma garrafa de vinho.

O episódio aconteceu cinco anos antes de estourar o caso do estupro de Samantha Gaimer. Aspirante à atriz, Samantha tinha apenas 13 anos quando foi drogada e estuprada pelo diretor em 1977.

Apesar de ser anterior, a violência sofrida por Langer só veio a público agora. A atriz de 61 anos afirmou que manteve a história segredo com medo da reação dos pais. "Minha mãe teria sofrido um ataque cardíaco", disse ela ao jornal. "Eu me sentia envergonhada, constrangida, perdida e sozinha.” Anos mais tarde, ela teria revelado o caso a um namorado.

Langer é a quarta mulher a acusar Polanski após o caso de Samantha Geimer ganhar repercussão nos anos 1970.

Na época, Polanski se declarou culpado e passou 42 dias na cadeia. Com pedido de prisão ainda em vigor, o diretor não pisa há anos nos Estados Unidos para evitar uma nova detenção, embora a vítima tenha ido a juízo pedir o fim do caso. O pedido foi negado por um juiz da Califórnia no mês passado.

Em entrevista ao UOL, em 2014, Samantha afirmou ter empatia por Polanski. “Eu o entendo”. O maior pesadelo, ela conta, foi a pressão da mídia. “Durante um ano eu acordava para um novo dia e tinha que enfrentar júri, histórias deturpadas, de nossas vidas miseráveis.”