Após defender Weinstein, Oliver Stone também é acusado de assédio sexual
Um dia depois de defender Harvey Weinstein sobre a série de acusações que o produtor vem sofrendo na última semana, o cineasta Oliver Stone acabou ele mesmo sendo acusado por assédio sexual. O relato partiu da atriz e coelhinha da Playboy nos anos 90 Carrie Stevens, que foi às redes sociais falar sobre um episódio em que Stone teria apalpado os seios dela sem consentimento.
"Quando ouvi sobre o caso de Harvey, lembrei do Oliver (Stone) passando por mim e pegando nos meus seios enquanto ele deixava uma festa. Eles são farinha do mesmo saco", tuítou a atriz que já trabalhou em séries como "Barrados no Baile" e "Two and a Half Men".
O desabafo veio depois que Oliver Stone tentou se posicionar como neutro no caso de assédios que domina o noticiário de Hollywood desde o último dia 5, quando uma reportagem no New York Times trouxe os primeiros relatos de inúmeros assédios de Harvey Weinstein nos últimos 30 anos.
"Eu sou um forte defensor de que precisamos esperar até que isso venha a julgamento", disse Stone em uma entrevista coletiva realizada na abertura do Festival de Cinema de Busan, na Coreia do Sul, onde é presidente do juri.
"Eu acredito que um homem não deveria ser condenado por um sistema de justiceiros. E não é fácil pelo que (Harvey Weinstein) está passando", afirmou o diretor, em declarações divulgadas pela agência de notícias sul-coreana "Yonhap".
"Para mim foi um rival e nunca fiz negócios com ele e nem o conheci de verdade. Ouvi histórias de terror sobre quase todo mundo neste negócio, então não vou comentar sobre fofocas. Eu vou apenas esperar (para falar), é o certo para fazer", sentenciou o diretor.
Aos 71 anos, Oliver Stone soma três Oscars e inúmeras indicações em sua longa carreira no cinema. O diretor americano levou o prêmio máximo do cinema como roteirista por "O Expresso da Meia-Noite" (1978) e diretor por "Platoon" (1986) e "Nascido em 4 de Julho" (1989).
Procurada pelo The Hollywood Reporter, Carrie Stevens deu mais detalhes sobre o episódio com Oliver Stone, que teria acontecido durante uma festa na casa de outro produtor, Ted Field.
"Aconteceu há alguns anos na casa de Ted Field, na época em que o Oliver estava divulgado "JFK" (filme de 1991 que ganhou 2 Oscar). A festa homenageava ele. Oliver estava saindo; Ted estava olhando para a porta. Oliver me viu e logo esticou as mãos e, ao invés de fazer o que uma pessoa normal faz e me cumprimentar, ele apenas apertou meus peitos, sorriu e continuou andando. Foi humilhante, mas eu não reclamei na hora. Não queria que Ted pensasse que eu era ingrata pelo convite, e eu era ainda era nova na cena de Hollywood", justificou a atriz sobre só trazer o caso à tona agora, 26 anos depois.
"Há milhões de razões pelas quais as meninas não falam. Graças a Deus, eu nunca fiquei sozinha com o Oliver Stone. Se ele me apalpou assim na frente das pessoas, imagine o que ele faria em particular, se tivesse a chance", completou a atriz.
*com informações da EFE
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