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Channing Tatum cancela filme que seria produzido por Harvey Weinstein

O ator Channing Tatum - Richard Shotwell/Invision/AP
O ator Channing Tatum Imagem: Richard Shotwell/Invision/AP

Do UOL, em São Paulo

18/10/2017 16h40

O ator Channing Tatum declarou nas redes sociais que o filme "Forgive Me Leonard Peacock", sobre um garoto que sofreu abuso sexual e cuja produção seria da companhia de Harvey Weinstein, foi cancelada após casos de abusos sexuais e estupro dos irmãos Weinstein surgirem na mídia desde a última semana.

"As mulheres corajosas que tiveram a coragem para falar a verdade sobre Harvey Weinstein são verdadeiras heroínas para nós. Elas estão levantando os tijolos pesados para construir um mundo igual que todos nós merecemos viver", escreveu o ator em comunicado.

"Nosso projeto solitário em desenvolvimento com The Weinstein Company -- o livro brilhante de Matthew Quick, "Forgive Me Leonard Peacock" -- é uma história sobre um garoto cuja vida caiu em pedaços após um abuso sexual. Mesmo que não iremos mais desenvolver qualquer coisa com a TWC, nos lembramos de sua poderosa mensagem de cura na sequência de uma tragédia", acrescentou.

Por fim, o ator deixou um pedido: "A verdade está anunciada. Vamos terminar o que nossas incríveis colegas começaram e eliminar o abuso da nossa cultura de uma vez por todas".

Entenda o caso

Um dos produtores mais poderosos de Hollywood, que levou ao Oscar filmes como "Shakespeare Apaixonado" e produziu clássicos modernos como "Cães de Aluguel", Harvey, 65, tem sido alvo de acusações desde que o jornal The New York Times e a revista New Yorker publicaram reportagens com relatos das vítimas do executivo. As acusações incluem assédio, abuso sexual e estupro.

Responsável por algumas das campanhas mais agressivas em busca de estatuetas do Oscar, com mais de 300 indicações, desde a revelação dos casos Harvey foi expulso da Academia de Hollywood, do Bafta e do Sindicato dos Produtores, foi demitido de sua própria produtora e se tornou alvo de investigações policiais.

Entre as vítimas do produtor que vieram a público depois das reportagens estão nomes como Mira Sorvino, Rosana Arquette, Gwyneth Paltrow, Angelina Jolie e Léa Seydoux.