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Derivada de "Big Bang Theory", "Young Sheldon" privilegia fofura a risadas

Mary (Zoe Perry) e George (Lance Barber) são os pais de Sheldon (Iain Armitage) em "Young Sheldon" - Divulgação
Mary (Zoe Perry) e George (Lance Barber) são os pais de Sheldon (Iain Armitage) em "Young Sheldon" Imagem: Divulgação

Beatriz Amendola

Do UOL, em São Paulo

14/11/2017 04h00

Com a audiência invejável que “The Big Bang Theory” mantem há 11 anos, uma série derivada parecia apenas questão de tempo. “Young Sheldon” veio suprir essa lacuna contando a infância do nerd vivido por Jim Parsons – e enquanto ela tenta encontrar seu caminho próprio, uma coisa é certa: sua fórmula pende bem mais para a emoção do que para as risadas de plateia que fizeram a fama de sua série “mãe”.

A reportagem do UOL já viu os três primeiros episódios da série, que após uma pré-estreia em outubro, estreou para valer no Brasil no último domingo (12), pelo Warner Channel. Iain Armitage vive a versão mirim do nerd que cativa (e enlouquece) o público em “TBBT”. Com nove anos e habilidades intelectuais fora do normal para sua idade, ele pula algumas séries e começa a estudar no colegial, para desespero de seu irmão mais velho Georgie (Montana Jordan), que joga no time de futebol americano da escola.

Iain Armitage interpreta a versão criança de Sheldon em "Young Sheldon" - Divulgação - Divulgação
Iain Armitage interpreta a versão criança do Sheldon de "Big Bang"
Imagem: Divulgação

Assim como sua versão mais velha, o pequeno Sheldon tem dificuldades sérias para se relacionar com os outros. Entre a ironia e a ingenuidade, ele questiona a qualificação de seus professores, aponta publicamente as infrações dos colegas contra o código de vestimenta da instituição e ainda compara seus irmãos a primatas. Aqui, porém, nem sempre essas tiradas rendem risadas: algumas estão fora do timing, outras são apenas sem graça.

Isso, é necessário esclarecer, é culpa exclusiva do roteiro, não de Armitage. O menino, que mostrou seu talento como o filho de Shailene Woodley na premiada “Big Little Lies”, da HBO, é adorável e consegue fazer o público se encantar pelo personagem – que poderia facilmente acabar como uma criança irritante nas mãos de outro ator.

Embalada pela narração de Jim Parsons, que dá um toque de “Anos Incríveis” à produção, “Young Sheldon” tem seus melhores momentos quando se foca na família do pequeno nerd. Sua mãe, Mary, em uma escalação brilhante, é vivida por Zoe Perry, que na vida real é filha de Laurie Metcalf, a mãe do Sheldon adulto. A relação próxima entre ela e o filho garante momentos de pura doçura, assim como as cenas delicadas em que o garoto se aproxima de seu pai, George (Lance Barber).

Dessa leva inicial de episódios, o aspecto familiar é explorado ao máximo no terceiro, o melhor deles. Ele conta ainda com uma participação especial da avó de Sheldon, a Meemaw (Annie Potts) – que os fãs de “Big Bang” já conhecem da nona temporada da série.

Com deslizes aqui e ali, “Young Sheldon” é uma série que ainda está buscando se firmar, mas já merece uma menção honrosa por não tentar fazer uma cópia mirim de “The Big Bang Theory”. Nos Estados Unidos, onde estreou um pouco antes, a aposta já tem dado certo: o primeiro episódio foi visto por 17,2 milhões de pessoas e a produção foi a primeira da safra 2017-2018 a ganhar o sinal verde para ter uma temporada completa.

"Young Sheldon"
Onde: Warner Channel
Quando: Domingos, às 22h25

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