Após escândalo, grupos femininos querem comprar companhia de Weinstein
Do UOL, em São Paulo
21/11/2017 14h54
Enquanto o produtor Harvey Weinstein lida com a série de acusações de abuso sexual e vê em risco sua carreira e o futuro de sua companhia, dois grupo de investidoras querem comprar a Weinstein Company e podem até entrar em disputa para conseguir cumprir o objetivo.
De um lado, a Killer Content, ligada à Killer Films, atraiu um grupo de investidores, incluindo Abigail Disney e a New York Women’s Foundation estão se preparando para fazer uma oferta. Do outro, Maria Contreras-Sweet, que comandou a Small Business Administration - agência norte-americana que cuida de pequenas empresas -, também mostra interesse. As informações são da Variety.
Devido ao escândalo, a Weinstein Company deve na próxima semana revelar detalhes financeiros da empresa. Pressionada a ser vendida, por conta de seus problemas financeiros, a empresa sofre processos da ordem de US$ 45 milhões e tem mais de R$ 500 milhões em dívidas. Se não for vendida, a companhia deve pedir falência.
O fato de grupos encabeçados por mulheres ter interesse na compra gerou curiosidade, já que dezenas de mulheres denunciaram os abusos do produtor.
Ana Oliveira falou sobre o interesse da Killer Content: “Nós recebemos a proposta deles, que é irresistível: usar os recursos da Weinstein Co. para ajudar a mudar o paradigma e as regras e assim evitar casos de assédio. Parte dos lucros iria para fundos que dão suporte a trabalhos para vítimas de assédio”.
Contretas-Sweet também tem uma visão semelhante, segundo escreveu em carta à Weinstein Co. “Acho que chegamos a uma encruzilhada em que é imperativo que um quadro de mulheres controle a companhia e crie conteúdo que inspire audiências ao redor do mundo, principalmente jovens garotos e garotas”. Ela também tem fomentaria projetos de combate ao assédio sexual.
Ainda não há prazo para que uma venda seja fechada, mas há urgência para que a companhia resolva sua futura e seus problemas financeiros.