CCXP: Alice Braga defende salários iguais para atores e atrizes no cinema
A carreira da atriz Alice Braga foi revista em um painel no auditório Unlock, nesta quinta-feira (7), durante a CCXP 2017 (Comic Con Experience), em São Paulo. No bate-papo, mediado pela apresentadora Laura Vicente, a atriz só não falou sobre seu papel no filme "X-Men: Novos Mutantes", que terá um painel exclusivo no sábado (9), no auditório Cinemark da feira.
Na plateia, a principal dúvida dos fãs foi sobre a dificuldade do cinema nacional em se firmar no Brasil e a diferença de salários em Hollywood entre homens e mulheres. "Acho que é importante, urgente e necessária essa discussão [dos salários]. Nós, mulheres, somos maioria. Por que homem tem que ganhar mais? Temos que disseminar a cultura de que ganha mais quem tem qualidade, independentemente do sexo", afirmou.
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Já sobre o cinema nacional, a atriz disse que o maior problema é a distribuição. "Todos os gêneros, comédia, ficção, drama, dos filmes brasileiros são necessários. Mas quando temos um problema de distribuição, fica difícil concorrer com uma 'Mulher-Maravilha'. Temos que manter a nossa indústria viva porque qualidade nós temos".
Alice Braga lembrou que veio de uma família de artistas. Sônia Braga, uma das atrizes mais famosas do Brasil no exterior, é sua tia. "Cresci em set de filmagem vendo os dois lados da produção. Na minha carreira eu já fiz de tudo: cinema, publicidade, séries de TV. Sou atriz e a minha paixão é interpretar", disse. "Dizem no Brasil que eu sou uma atriz internacional. Não. Eu sou uma atriz. E lá fora, me dizem que eu sou uma atriz latina. Também não. Continuo sendo só atriz".
O trabalho como atriz também foi bastante abordado por Alice. "Eu sempre entro no set de coração aberto para ouvir o diretor e saber como ele vê o personagem e como entende o roteiro. Eu nunca julgo o personagem. Tento entendê-lo", explicou.
Alice aproveitou para falar sobre a série de TV "A Rainha do Sul", exibido nos Estados Unidos pelo canal por assinatura USA Network. No enredo, a atriz interpreta uma chefona do tráfico de drogas nos Estados Unidos.
"Interpretar um personagem em uma série de TV é um trabalho em andamento. Não tem começo, meio e fim igual ao cinema. Então, eu criei uma espinha dorsal para a personagem e já sei como ela responde a cada situação, já que a cada temporada eu volto a interpretá-la".
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