Acusado de assédio, Casey Affleck decide não apresentar prêmio no Oscar

O ator Casey Affleck, vencedor do Oscar de melhor ator por "Manchester à Beira-Mar" em 2017, não vai apresentar a categoria de melhor atriz este ano.

A tradição da Academia é que os vencedores do ano anterior entreguem os prêmios para o gênero oposto no ano seguinte. No entanto, o ator decidiu não participar da cerimônia deste ano depois de protestos e um abaixo-assinado pedindo sua exclusão da premiação por conta das acusações de assédio sexual que pesam contra ele.

Sua participação seria particularmente controversa em um ano em que as campanhas "Me Too" (eu também) e "Time's Up" (chegou a hora) ganharam destaque durante a temporada de premiações, depois das denúncias de casos de assédio e abuso sexual que tomaram Hollywood no fim de 2017.

Em 2010, Affleck foi processado pela produtora Amanda White e a diretora de fotografia Magdalena Gorka, que trabalharam com ele no falso documentário "Eu Ainda Estou Aqui", e acusaram o ator e diretor de investidas sexuais indesejadas.

Affleck negou as acusações, mas o processo terminou em um acordo extrajudicial. O caso veio à tona novamente depois da indicação do ator ao Oscar no ano passado, e, durante a cerimônia, a atriz Brie Larson recusou-se a aplaudir e apenas entregou a estatueta a ele.

Segundo o site "Deadline", Affleck tomou a decisão para não distrair a atenção do que deveria ser o foco do prêmio, ou seja, o desempenho das atrizes.