Juiz dos EUA rejeita pedido de advogados de Polanski
LOS ANGELES (Reuters) - Um juiz de Los Angeles rejeitou na segunda-feira um pedido dos advogados do cineasta Roman Polanski para divulgar o conteúdo de depoimentos que supostamente poderiam alterar os rumos do processo de extradição dele.
Os representantes do diretor alegam que o depoimento sigiloso concedido por um promotor na década de 1970 demonstraria que as autoridades de Los Angeles prestaram informações imprecisas, que poderiam evitar que Polanski seja extraditado da Suíça para a Califórnia, onde seria sentenciado por um crime sexual ocorrido em 1977.
Após audiência na segunda-feira, o juiz Peter Espinoza disse que as autoridades suíças "têm a informação de que precisam" para tomar uma decisão sobre a extradição. Disse ainda que cabe às autoridades pedirem mais informações se julgarem que é necessário.
Polanski, de 76 anos, foi preso em outubro pelas autoridades da Suíça, a pedido dos EUA. Ele está atualmente sob prisão domiciliar.
O cineasta fugiu dos EUA em 1978, temendo que um acordo judicial feito nesse caso fosse descumprido, e que ele tivesse de ficar mais tempo na cadeia além dos 42 dias que já havia passado preso. O juiz do caso já morreu.
Os advogados de Polanski dizem que havia irregularidades no processo em que o cineasta foi condenado por fazer sexo com uma menina de 13 anos - afirmam que os promotores se basearam em "falsas declarações" para pedir a extradição do réu, e que a divulgação do depoimento sigiloso de décadas atrás ajudaria a comprovar essa tese.
Os promotores de Los Angeles rejeitaram a petição, dizendo que o sumário entregue à Suíça é "absolutamente fiel e preciso em todos os aspectos".
(Reportagem de Jill Serjeant)
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