Apesar de críticas desfavoráveis, "Sex and the City 2" esgota sessões nos EUA
NOVA YORK - "Sex and the City" voltou sem as tramas e gags escandalosas que chocavam e divertiam seu público, mas fãs e especialistas no mercado preveem que isso não impedirá que o segundo filme da série seja um sucesso de bilheteria.
Mulheres no mundo todo preparam seus modelitos e marcam baladas, brunches e sessões de estética com as amigas, de modo a coincidir com a estreia de "Sex and the City 2".
Como já aconteceu no primeiro filme, muitas resenhas nos EUA foram desabonadoras. O USA Today achou o filme uma "confusão mortificante". A revista New York viu "uma coisa de doer os olhos em proporções épicas". O Los Angeles Times decretou: "A sátira é capenga, a ironia é atrofiada, e a graça é frouxa".
Mas houve críticos que vissem qualidades. A The Hollywood Reporter, por exemplo, afirmou que a nova aventura de Carrie Broadshaw e suas amigas tem um "humor mais avançado" do que o primeiro filme, e que, para o público-alvo, "não haverá queixas". "Este filme vai ser um arraso", previu a publicação.
O primeiro filme sobre as quatro amigas de Nova York arrecadou mais de 415 milhões de dólares nos cinemas mundiais, e a previsão é de que o sucesso se repita, atraindo as fiéis espectadoras da série de TV.
"Mesmo que o filme seja terrível, as mulheres não ligam", disse Paul Dergarabedian, analista de bilheterias da Hollywood.com. "É um evento..., e acho que para muitas mulheres é o seu 'Guerra nas Estrelas'. Essas são as personagens que elas amam."
ENTREVISTAS COM ELENCO DE ''SEX AND THE CITY 2''
Semanas antes, as sessões de estreia já estavam esgotadas, e Dergarabedian chamou a atenção para o fato de que mais de metade das pré-vendas eram em lotes de quatro ingressos ou mais. Isso, segundo ele, "significa que as mulheres estão indo em grupos, fazendo a noite das garotas, e isso é música para os ouvidos do estúdio, sem dúvida."
Muitas mulheres já se programaram há muito tempo para emendar o cinema com compras ou outros programas entre amigas. Para elas, as resenhas não têm importância. "O espetáculo não é a cura do câncer. Ele preenche a fantasia sobre o que é cidade de Nova York para quem não vive (nela), e o que pode ser para os que vivemos," disse a nova-iorquina Monica Lozano, de 39 anos.
Estimativas do estúdio indicam que as pré-estreias feitas na madrugada de quinta para sexta-feira renderam 3 milhões de dólares.
(Reportagem adicional de Gemma Haines e Karina Ioffee)
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