Vítima de Polanski se diz satisfeita com decisão da Suíça
PARIS, FRANÇA - A mulher que causou a condenação do cineasta Roman Polasnki por ter relações sexuais ilegalmente quando ela era menor disse nesta terça-feira estar satisfeita com a decisão da Suíça de não extraditá-los aos Estados Unidos por seu crime em 1977.
Samantha Geimer, hoje mãe de três filhos e com 40 e poucos anos, pediu repetidas vezes que o caso fosse arquivado. A Suíça se negou na segunda-feira a entregá-lo e o diretor foi libertado após meses de prisão domiciliar.
"Estou satisfeita com a decisão e espero que o promotor público encerre o caso e termine de uma vez por todas", disse Samantha à rádio francesa Europe 1.
Polanski se declarou culpado de ter relações sexuais com Geimer, na época com 13 anos, depois de lhe dar champanhe e drogas.
Ele fugiu antes de receber sua sentença em 1978, dizendo acreditar que o juiz revogaria um acordo sob o qual seus 42 dias de detenção recebendo avaliação psiquiátrica seriam considerados sua pena completa.
A esposa de Polanski, atriz francesa e cantora Emmanuelle Seigner, disse em entrevista à revista Libération que a decisão da Suíça representa um grande alívio.
"É o fim de um terrível pesadelo, principalmente para nossos dois filhos", disse ela. "Eu não poderia imaginar outro resultado. Hoje, as autoridades suíças perceberam a injustiça desse caso."
A libertação de Polanski foi amplamente bem recebida na França, onde o diretor reside e é cidadão.
O paradeiro de Polanski, aclamado internacionalmente por filmes como "Chinatown" e "O Pianista", foi mantido em sigilo na terça-feira. Seu advogado francês se negou a comentar informações de que o diretor estaria retornando à França a partir de seu chalé em Gstaad, na Suíça, onde esteve em prisão domiciliar desde dezembro passado.
(Reportagem de Julien Ponthus)
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