"Salt" consagra Angelina Jolie como heroína de ação
SÃO PAULO - Com um cachê de 20 milhões de dólares, dispensando dublês e praticamente levando o filme nas costas, a filantropa Angelina Jolie torna-se com "Salt" a maior atriz do cinema de ação dos últimos tempos.
E mais: com apenas 35 anos, Jolie conseguiu transcender os gêneros cinematográficos e ter seu trabalho reconhecido nos mais diferentes papéis. O filme estreia em circuito nacional, em cópias dubladas e legendadas.
Com um Globo de Ouro por sua perfomance em "Gia" (1998) e um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por "Garota Interrompida" (1999), Angelina ainda faturou mais de 1,5 bilhão de dólares apenas com seus personagens de ação: "60 Segundos" (2000), a franquia "Lara Croft - Tomb Raider" (2001 e 2003), "Sr. e Sra. Smith" (2005) e "O Procurado" (2008).
Dirigida pelo cineasta Phillip Noyce, com quem já havia trabalhado em "O Colecionador de Ossos", a atriz chega às telas como a agente da Agência Central de Inteligência (CIA) Evelyn Salt, que pode ou não ser uma espiã russa infiltrada na entidade.
Sua real identidade é colocada em xeque em frente a seus colegas de serviço de inteligência, Ted (Liev Schreiber, de "Um Ato de Liberdade") e Peabody (Chiwetel Ejiofor, de "2012"), em um interrogatório feito por ela própria.
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Nele, um desertor russo, Orlov (o veterano ator polonês Daniel Olbrychski), afirma existir um plano para assassinar o presidente da Rússia em solo americano, criando um desentendimento entre as duas nações.
A operação seria liderada por um espião, integrante de uma elite de agentes secretos russos - cooptados ainda crianças -, que teria sido criada especificamente para destruir os Estados Unidos. No fim do depoimento, no entanto, Orlov diz que o nome do tal espião é Evelyn Salt, o que a leva a ser perseguida como terrorista.
O roteirista Kurt Wimmer, de "Ultravioleta", dá início, assim, a uma implacável perseguição para provar a inocência, ou não, da protagonista. Escrever mais é praticamente estragar o desfecho.
Curiosamente, na vida real, pouco antes de o filme chegar aos cinemas norte-americanos, dez espiões russos foram detidos no país, vivendo como norte-americanos comuns. Não poderia haver melhor momento.
Embora não tenha desbancado o primeiro lugar de "A Origem", de Christopher Nolan, nas bilheterias norte-americanas em sua estreia, "Salt" possui todas as qualidades que um bom thriller precisa. Ou seja, muita ação, reviravoltas, agilidade, e, claro, Angelina Jolie.
Resta saber como teria sido o resultado desta produção se fosse protagonizado por Tom Cruise, para quem o roteiro foi escrito originalmente, e mais tarde adaptado para a atriz.
Num gênero dominado por homens, as mulheres têm em Jolie uma representante de peso na cinematografia do gênero.
(Por Rodrigo Zavala, do Cineweb)
* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb
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