Animação "Batalha por T.E.R.A." investe em história pacifista
SÃO PAULO - Experimentado técnico de efeitos visuais e digitais que trabalhou na produção de "Titanic" (1997), o canadense Aristomenis Tsirbas partiu nos últimos anos para a realização de animações. Depois do sucesso de vários curtas, como "The Freak" (2002), vencedor de uma menção honrosa no Festival de Sundance, ele estreou em longas com outra animação, a futurista "Batalha por T.E.R.A.".
Realizado em 2007, o filme chega ao Brasil com três anos de atraso, sendo lançado em cópias 2D e 3D, todas dubladas - o que impedirá o público de conhecer a versão original, com as vozes de atores conhecidos como Evan Rachel Wood ("Tudo Pode Dar Certo"), Luke Wilson ("Um Professor em Apuros"), Brian Cox ("A Identidade Bourne") e Danny Glover ("Rebobine, Por Favor").
Partindo de uma ideia original do próprio diretor - que já havia realizado em 2003 outro curta, "Terra", sobre o mesmo tema -, o roteiro de Evan Spiliotopoulos cria uma fantasia pacifista, ambientada no planeta Tera, que aliás é muito parecido com Saturno. Os teranos são seres pequenos, sem pernas, com grandes olhos e capazes de voar, com ou sem a ajuda de artefatos que parecem de brinquedo. Vivem numa sociedade organizada e pacífica, voltada para atividades culturais e artísticas.
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Este mundo torna-se alvo da cobiça dos terráqueos, que destruíram em guerras não só seu próprio planeta, a Terra, como também Marte e Vênus, que haviam sido colonizados. Morando provisoriamente numa plataforma espacial, os terráqueos precisam desesperadamente encontrar outro planeta, já que não poderão continuar por muito tempo produzindo ali o seu essencial oxigênio. O plano então é conquistar Tera e adaptar sua atmosfera para os humanos, ainda que isto custe a vida de toda a população local.
Um primeiro ataque ao aparentemente indefeso planeta coloca frente a frente a menina terana Maia e o tenente humano Jim Stanton. Como seu pai foi raptado por uma das naves terráqueas, a garota persegue o avião de Stanton, que acaba caindo. Maia resolve, então, salvá-lo, pensando em usá-lo para salvar o pai.
A menina conta com a assessoria de um robozinho, Guido, parceiro inseparável de Stanton. É ele quem a ajuda a transportar o tenente para sua casa e cria-lhe um ambiente dotado de oxigênio. A convivência entre os dois permite o mútuo conhecimento, mas não impede o conflito entre os dois mundos, com direito a inúmeras batalhas espaciais - especialmente porque o comandante humano Hemmer não quer nem ouvir falar de desistir de seu projeto de dominar Tera a qualquer custo.
Não há grandes atrativos na versão 3D do filme, que tem um visual modesto e, em alguns momentos, como o das batalhas aéreas, lembra um videogame.
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