''Os Vampiros Que Se Mordam'' faz sátira de ''Crepúsculo''
SÃO PAULO - Os vampiros que se cuidem! Atualmente, são as criaturas mais superexpostas da mídia, com filmes, séries de televisão, enxurrada de livros (novos e antigos) e afins. A comédia "Os Vampiros Que Se Mordam" chega para aumentar a lista - sem trazer nada de novo, engraçado ou que justifique sua existência.
Estreando em circuito nacional, o filme é uma sátira da série "Crepúsculo", escrita e dirigida por Jason Friedberg e Aaron Seltzer, que já tentaram satirizar comédias românticas, com "Uma Comédia Nada Romântica", épicos ("Espartalhões"), e filmes de desastre ("Super-Heróis - A Liga da Injustiça"), sem sucesso.
Ignorando que a ideia das criaturas vampirescas é mais antiga do que "Crepúsculo", "Os Vampiros Que Se Mordam" concentra-se no primeiro e segundo filmes da série, refazendo muitas das cenas e da trama de forma exagerada.
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A jovem Becca (Jenn Proske) muda-se para uma pequena cidade para morar com o pai, um xerife local (Diedrich Bader). Na escola tem poucos amigos, mas acaba conhecendo e se apaixonando pelo pálido e estranho Edward Sullen (Matt Lanter, de "Super-Heróis - A Liga da Injustiça").
A propensão que Bella, personagem do filme original, tem para se martirizar é potencializada aqui - e algo que, por natureza, seria engraçado, não consegue gerar qualquer fagulha de humor em "Os Vampiros Que Se Mordam". A culpa disso é, em boa parte, por conta da falta de tato da dupla Friedberg e Seltzer - para quem espancar um cadeirante por minutos a fio deve parecer engraçado. Para eles, também é divertido quando Becca solta gases na cara de Edward, ou Jacob (Chris Riggi), o menino-lobisomem, urina numa árvore.
Becca, por sua vez, sofre por não conseguir perder a virgindade. Afinal um dos pretendentes prometeu ser celibatário e o outro prefere perseguir gatos. É a vida! Ou melhor, é a vida dos mortos, à qual Becca tem que se acostumar caso queira se casar com Edward.
Com menos de uma hora e meia, "Os Vampiros Que Se Mordam" parece mais longo e cansativo do que uma maratona da série "Crepúsculo". Com um acúmulo de referências pop - Lady Gaga, Lindsay Lohan, "Gossip Girl", "Buffy", "Alice no País das Maravilhas"-, o enredo revela-se incapaz de produzir algo realmente engraçado. Por outro lado, a estreante Jenn Proske faz uma imitação quase perfeita da verdadeira Bella, Kristen Stewart - pena que isso aconteça num filme tão pouco inspirado.
(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)
* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb
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