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Clint Eastwood confirma DiCaprio em novo filme sobre diretor do FBI, mas nega Joaquin Phoenix

Clint Eastwood participa de evento nos EUA, em março de 2010 - Getty Images
Clint Eastwood participa de evento nos EUA, em março de 2010 Imagem: Getty Images

11/10/2010 18h56

Clint Eastwood acabou nesta segunda (11) com a boataria em torno do fato de que Joaquin Phoenix poderia voltar a interpretar assumindo o papel do protegido e suposto amante de J. Edgar Hoover na cinebiografia do polêmico primeiro diretor do FBI.

Eastwood disse à agência Reuters que Leonardo DiCaprio está escalado mesmo para o papel de Hoover. Mas Phoenix, que recentemente revelou a farsa em torno do abandono da carreira como ator para se tornar rapper, não está em negociações para interpretar Clyde Tolson.

"Não. Não sei de onde isso apareceu... ele não virou rapper?", disse Eastwood, quando questionado sobre reportagens recentes de que Phoenix estaria sendo considerado para o papel. Phoenix teria se convertido ao rap em uma farsa para a realização de um falso documentário chamado "I'm Still Here" sobre sua suposta mudança de rumos.

Eastwood disse que DiCaprio realmente quer o papel de Hoover. " É um grande papel para ele", disse Eastwood, acrescentando que os produtores estão "no processo" de assinar contrato com DiCaprio.

A lenda de Hollywood, que depois de fazer 80 anos está prestes a lançar seu novo filme, "Hereafter", que fala sobre mortalidade e a possibilidade de vida após a morte, disse que seu novo projeto sobre Hoover vai centrar foco em vários aspectos da complicada vida dele.

"Ele era uma pessoa complexa. O aspecto homossexual é apenas um deles. Eu diria até que é o menos importante deles. Mas ele também era muito esperto, seja para o bem ou para o mal, ele foi muito esperto ao se manter em uma certa posição na vida, então, é um estudo interessante", disse Eastwood.

Hoover, que morreu em 1972, foi o primeiro diretor do Federal Bureau od Investigation (FBI) e serviu por quase quatro décadas no comando da agência americana.

Após a sua morte, Hoover virou foco de críticas por manter arquivos secretos sobre cidadãos eminentes, políticos e celebridades, incluindo nessa lista Martin Luther King. Ele também se tornou o centro de suposições se era gay ou não e se Tolson, diretor assistente do FBI, era seu amante.

Eastwood disse que ao crescer nos anos 1930 e 40 conseguiu captar a mitologia de Hoover na época, que havia "quadrinhos com ele na capa com metralhadoras e essas coisas todas".

"Ele é um personagem fascinante e acho que sou a pessoa certa para fazer esse filme, não porque o tenha conhecido, nem nada disso, mas porque cresci com ele", disse Eastwood. "Ele era uma figura icônica."

(Reportagem de Christine Kearney, edição de Bob Tourtellotte)