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Katherine Heigl está no romântico "Juntos pelo Acaso"

Josh Duhamel e Katherine Heigl em cena de "Juntos pelo Acaso" - Divulgação
Josh Duhamel e Katherine Heigl em cena de "Juntos pelo Acaso" Imagem: Divulgação

14/10/2010 09h17

Quando a atriz Katherine Heigl ("Ligeiramente Grávidos") deixou a série de TV "Grey's Anatomy", que a tornou conhecida, para investir em sua carreira cinematográfica, ela transformou-se numa estrela em ascensão. Benquista pelo público norte-americano, a atriz passou de coadjuvante a protagonista das produções em que participou, elevando sua notoriedade, bilheteria e, claro, cachê.

No entanto, o que se tem visto nos últimos dois anos não é precisamente uma intérprete multifacetada, tal como prometia ao deixar o melodramático programa de TV. Monotemática, enfiou-se no gênero de comédia romântica, do qual, como viu Jennifer Aniston (que já se aventurou no cinema independente em "Por um Sentido na Vida"), é muito difícil sair.

Os irregulares "Vestida para Casar" (2008), "A Verdade Nua e Crua" (2009) e "Par Perfeito" (2010), por exemplo, não conseguiram evidenciar o talento da atriz, que parece apenas reciclar um mesmo personagem. E em "Juntos pelo Acaso", estreando em circuito nacional, não é muito diferente.

Aqui, ela faz o papel de Holly, uma moça sistemática e romântica, que se vê envolvida num encontro às escuras com Messer (Josh Duhamel, da franquia "Transformers"). A situação foi arranjada pelo casal Peter (Hayes MacArthur, de "Ela é Demais para Mim") e Alison (Christina Hendricks, da série de TV "Mad Men"), melhores amigos de Messer e Holly, respectivamente.

VEJA O TRAILER DO FILME "JUNTOS PELO ACASO"

Antes mesmo de começar, o encontro é um desastre e acaba em farpas entre os protagonistas. Mulherengo e com um comportamento adolescente, Messer é o oposto de Holly. Ainda assim, eles devem aprender a conviver, já que o casal de amigos os escolheu como padrinhos da filha Sophie.

O real conflito aparece quando Peter e Alison morrem em um acidente de carro, em cujo testamento deixam a custódia da filha aos seus amigos beligerantes. Em uma situação que só pode ocorrer nos EUA, Holly e Messer devem passar a viver juntos, como um casal, para que a menina não seja entregue à adoção.

O argumento é muito similar ao do filme "Raising Waylon" (2004), feito para a TV americana, dirigido por Sam Pillsbury (de "Free Willy 3, O Resgate"), com a diferença de que a criança era pré-adolescente.

O grande trunfo de "Juntos pelo Acaso" não está na história em si, mas nos divertidos diálogos e situações colocadas aos personagens. O diretor Greg Berlanti, criador da nova série televisiva "No Ordinary Family" (canal Sony, no Brasil), consegue aproveitar todo o humor do roteiro em contraponto à previsibilidade do que se vê na tela.

No duelo entre o drama, o romance e a comédia, o que tem se visto nos melhores filmes do gênero dos últimos dois anos, como "500 dias com Ela" e "Amor à Distância", o foco é o humor. Faz sentido quando a ideia maior, aqui, é agradar ao público feminino e ao masculino.

(Por Rodrigo Zavala, do Cineweb)

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb