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Johnny Depp diz que gostaria de interpretar "Hamlet" com sotaque irlandês

Johnny Depp e Angelina Jolie estão em "O Turista", de Florian Henckel von Donnersmarck - Divulgação
Johnny Depp e Angelina Jolie estão em "O Turista", de Florian Henckel von Donnersmarck Imagem: Divulgação

John Irish

03/12/2010 14h39

PARIS (Reuters Life!) - A cantora francesa Vanessa Paradis roubou o coração de Johnny Depp em um instante, contou o astro de Hollywood à Reuters em entrevista na première de seu novo filme, "O Turista", em Paris. Na trama, seu personagem se apaixona por uma "femme fatale" representada por Angelina Jolie.  Depp disse que, por experiência própria, acredita no amor à primeira vista mostrado no filme. "Acredito que pode ocorrer uma conexão instantânea e profunda com alguém; aconteceu comigo", disse Depp, usando o chapéu que é sua marca registrada.

Em "O Turista", Depp faz um desajeitado professor de matemática que se rende à personagem misteriosa de Jolie. Esta o deixa louco, expondo-o a situações malucas para fazê-lo provar o amor que sente por ela. Em uma cena, Johnny Depp salta sobre telhados em Veneza, usando um pijama azul claro - uma vestimenta improvável para o galã de 47 anos, que admite não ser fã de pijamas na vida real.

"Raramente uso pijama", disse Depp, rindo, "mas, nas poucas ocasiões em que o faço, alguma coisa me conduz a um clima psicológico estranho - segurança, conforto, a sensação de ser criança". O professor de matemática é uma personagem totalmente diferente dos papéis de tipos fortes e excêntricos que são a marca registrada de Depp.

O astro de "Piratas do Caribe" trabalhou com o excêntrico Tim Burton em "Dark Shadows", ainda inédito, e, para o futuro, pensa em tentar fazer "Hamlet", de Shakespeare, algo que, segundo falou, o legendário Marlon Brando lhe disse que ele deveria fazer antes de ficar velho demais. Mas Depp disse que acrescentaria seu toque próprio a Hamlet, incluindo uma pitada de sotaque irlandês.

"Seria divertido e interessante fazer 'Hamlet' em escala pequena, com uma abordagem diferente. Já perguntei a especialistas em dialetos, e eles me disseram que, na época de Shakespeare, o inglês que se falava provavelmente era próximo do atual sotaque de Dublin." "É algo que eu acharia interessante encarar."