Comédia romântica "O Amor e Outras Drogas" traz Anne Hathaway e Jake Gyllenhaal em história sobre primórdios do Viagra
"O Amor e Outras Drogas" tem como seu maior apelo um casal de atores jovens, talentosos e com pouca roupa durante boa parte do tempo. Jake Gyllenhaal e Anne Hathaway já haviam formado um par em "O Segredo de Brokeback Mountain", mas, naquele filme, o relacionamento entre eles era secundário - aqui é o centro da trama.
Dirigido por Edward Zwick ("Um Ato de Liberdade", "Diamante de Sangue") a partir de um roteiro coescrito por ele e baseado no livro de memórias de um dos maiores vendedores de Viagra do mundo, o longa é uma festa para médicos e pacientes que gostam de ouvir algum astro de cinema pronunciar o nome de seus remédios favoritos.
Gyllenhaal é Jamie, ovelha-negra de uma família de médicos. Ele tem jeito mesmo para ser vendedor e arranjar encrencas. Enquanto trabalha como representante comercial da Pfizer, ele coleciona conquistas (secretárias de médicos) e inimigos (médicos e concorrentes), até conhecer Maggie (Anne), jovem artista que sofre de Parkinson precoce.
Eles resolvem viver um caso com muito sexo, algum romantismo e nenhuma ligação emocional. Como se isso fosse fácil. Quando se descobrem apaixonados, cada um reage de uma forma.
TRAILER DO FILME "O AMOR E OUTRAS DROGAS"
Maggie não quer criar vínculos por causa de sua doença. Ela crê que em pouco tempo estará totalmente debilitada - apesar dos fortes remédios que toma. Jamie se esforça para ser o namorado perfeito, mas é difícil conseguir quando sua amada está tentando se livrar dele.
O filme se passa em 1996 - apenas 15 anos e parece tão longínquo -, quando a Internet ainda não era tão popular e o Viagra surgia para causar uma espécie de segunda revolução sexual. Jamie torna-se o maior vendedor do produto, o que lhe garante status e situação financeira. A doença de Maggie, no entanto, agrava-se cada vez mais.
Quando "O Amor e Outras Drogas" focaliza os dois personagens, o filme funciona melhor. A relação de Jamie com seu irmão (Josh Gad, de "Quebrando a Banca") é sem graça e o personagem, desnecessário. Já os pais do protagonista (George Segal e Jay Clayburgh, em seu último trabalho no cinema) têm pouco tempo em cena - e seriam personagens bem mais interessantes a serem explorados.
Combinando humor - às vezes, no limite do bom gosto -, romance e melodrama, Zwick se contenta em fazer uma releitura batida de "Love Story", com direito a olhos marejados e uma doença como o grande vilão intrometido numa paixão que poderia ser perfeita.
O que salva mesmo "O Amor e Outras Drogas" é a presença de Gylenhaal e Anne, cujos talentos, em vários momentos, se sobressaem na composição de seus personagens.
(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)
* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb
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