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Mickey Rourke usa fama de bad boy para viver rei em "Imortais"

Mickey Rourke participa de evento em Londres em fevereiro de 2010 - Dave Hogan/Getty Images
Mickey Rourke participa de evento em Londres em fevereiro de 2010 Imagem: Dave Hogan/Getty Images

Zorianna Kit

De Los Angeles

09/11/2011 15h41

Mickey Rourke, conhecido durante anos como o menino mau de Hollywood, talvez tenha sido a escolha perfeita para retratar um bad boy da mitologia grega, o brutal Rei Hyperion, no filme de ação em 3D "Imortais", com estreia nos Estados Unidos na sexta-feira.

Dirigido por Tarsem Singh, o filme mostra o rei malvado em uma missão assassina para dominar a humanidade e os deuses do Olimpo. Mas ele encontra um rival à altura no jovem pedreiro chamado Teseus (Henry Cavill), que quer vingar a morte de sua mãe.

Com a ajuda de um Oráculo (Freida Pinto), Teseu descobre que também é o seu destino vencer Hyperion e salvar a humanidade.

Rourke conversou com a Reuters sobre o filme e sobre como superou sua reputação de bad boy.

P: O Rei Hyperion é fisicamente imponente e usa máscaras que quase se parecem com uma arma. Foi um desafio vestir todo esse aparato?
R: "Havia um monte de coisas para vestir. Os sapatos pesavam 5,4 quilos - cada. Eu precisei de três assistentes para colocar cada pequeno pedaço de parafernália porque era tudo em camadas."

P: Como foi a filmagem em si?
R: "Eu tinha acabado de passar por uma cirurgia no biceps em Heidelberg, na Alemanha. Eu rompi meu biceps e a operação não funcionou. Três semanas depois da operação eu perdi todo meu tendão, e então o filme começou. Filmamos durante uma espécie de período de reabilitação para mim, então eu não era realmente capaz de fazer muita coisa."

P: A indicação ao Oscar de melhor ator em 2009 por "O Lutador" mudou as coisas para você em Hollywood?
R:. "Provavelmente, até certo ponto. A reputação que eu tinha há 20 anos sobre ser difícil e pouco profissional sempre vai ficar. Boa parte disso era verdade, mas eu realmente não sou mais assim. Eu nunca vou seguir os passos de ninguém. Mas eu estava sem trabalhar há 12 anos por causa dos erros que cometi. Não culpo ninguém além de mim mesmo. Não posso cometer os mesmos erros novamente. Eu seria um tolo. Aqueles anos sem trabalho foram um período terrível, solitário, patético, desesperador."

P: Agora que você tem esse novo impulso em sua carreira, como você pode mantê-lo para não perder novamente?
R: "Bem, é uma nova geração de diretores e produtores que eu estou trabalhando. Não são todas as pessoas que eu (chateei) tão terrivelmente. Boa parte deles estão aposentados ou fora da área, graças a Deus. Os jovens cineastas são destemidos. (Darren) Arnonofsky, (Robert) Rodriguez, Tarsem (Singh), eles não se importam com o que as pessoas disseram sobre mim 20 anos atrás."

P: Seu próximo projeto é um roteiro que escreveu chamado "The Beautiful Game", sobre a história real de Gareth Thomas, o astro galês de rugby que anunciou que era gay. Em que ponto você está com isso?
R: "Eu tenho treinado fisicamente durante seis meses e vamos treinar mais seis, e, em seguida, levar três meses para trabalhar no sotaque galês. Espero que até o final de março possamos filmar no País de Gales."