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Diretor de James Bond diz que Craig trouxe complexidade a 007

Daniel Craig em cena como o espião James Bond no filme "Skyfall"  - Divulgação/Sony
Daniel Craig em cena como o espião James Bond no filme "Skyfall" Imagem: Divulgação/Sony

Por Ayla Jean Yackley

30/04/2012 09h33

ISTAMBUL, 30 Abr (Reuters) - O premiado diretor Sam Mendes afirmou no domingo que não teria feito o mais recente filme do James Bond, "Skyfall" sem Daniel Craig interpretando o agente MI6, devido à complexidade que o ator britânico trouxe ao personagem.

Mendes, que ganhou o Oscar pela direção do filme "Beleza Americana" em 1999, retratou homens conflituosos com vidas comuns - algo bem distante do 007, o maior herói de ação.

A imagem de playboy de Bond não reflete o herói cheio de falhas dos livros de Ian Fleming, inicialmente publicado em 1953, disse Mendes durante uma coletiva de imprensa em Istambul, onde "Skyfall" está sendo filmando este mês.

"O que Fleming criou foi um personagem muito conflituoso", afirmou o cineasta britânico. "Alguns dos conflitos estão sendo explorados neste filme, porque Daniel, como ator, é capaz de explorá-los."

"Esta foi a grande coisa para mim: ter um Bond no qual eu acreditava, o qual eu sentia que poderia levar o personagem a um novo patamar. Eu poderia imaginar outro ator, mas eu não iria querer fazer o filme."

Craig, 44, redefiniu Bond como uma figura obscura, quando ele assumiu o papel da franquia nos últimos dois filmes, "007 - Cassino Royale" e "007 - Quantum of Solace".

Ele e Mendes trabalharam próximos para desenvolver a história do filme mais recente.

"Nós mantivemos conversas constantes, assim que Sam aceitou fazer o filme", disse Craig.

"Nós nem devíamos nos falar, porque a MGM ainda não tinha fechado o acordo. Mas não conseguíamos calar a boca. Era uma chance para nós de fazer uma releitura de Ian Fleming, e começamos a nos mandar e-mails com 'O que você acha disso e daquilo?'. E foi que assim que as coisas rolaram".