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Meryl Streep e Tommy Lee Jones vivem casal simpático e esforçado em "Um Divã Para Dois"

Meryl Streep e Tommy Lee Jones em cena de "Um Divã para Dois" - Divulgação
Meryl Streep e Tommy Lee Jones em cena de "Um Divã para Dois" Imagem: Divulgação

Neusa Barbosa

Do Cineweb*

16/08/2012 10h50Atualizada em 16/08/2012 21h56

Do alto de suas 17 indicações ao Oscar -- recorde absoluto entre os atores de Hollywood --, com três vitórias -- coadjuvante em "Kramer vs Kramer" (1979), protagonista em "A Escolha de Sofia" (1982) e "A Dama de Ferro" (2011) -- Meryl Streep mantém uma notável disposição para alternar drama e comédia.

"Revivendo a paixão"

  • Imagem Filmes / Divulgação

    Steve Carell vive um papel mais sério do que de costume na pele de um prestigiado terapeuta

Mais uma vez ela faz graça, inclusive com as marcas visíveis da própria idade (63 anos), na comédia "Um Divã Para Dois", de David Frankel - diretor com quem ela já atuara em outro registro cômico, bem mais perverso, em "O Diabo Veste Prada" (2006). Na pele de Kay, uma dona de casa doce, mas insatisfeita e disposta a sacudir a rotina, ela divide a cena com boa química com outro veterano, Tommy Lee Jones, vivendo o maridão acomodado Arnold. Ele é o tipo que tudo sempre igual, todos os dias. Acorda na mesma hora, senta-se calado na mesa do café com o jornal aberto, come seus ovos com bacon e parte para o trabalho.

Se Arnold não dá sinais de querer mudanças, Kay está no limite. São 31 anos de vida a dois, nos últimos tempos com quartos separados e distância física e afetiva. Naturalmente conciliadora, Kay não aguenta mais um dia esta situação. Raspa suas economias e compra um pacote de uma semana de terapia de casais no estado norte-americano de Maine, numa cidadezinha bucólica onde fica um prestigiado terapeuta, o dr. Feld (Steve Carell).

Durão, o marido resiste. Mas acaba cedendo. Nos primeiros dias, é o retrato da má vontade para discutir sua intimidade com um total estranho. Mas sente que, se não fizer um esforço, corre o risco de perder Kay.

As cenas mais engraçadas estão nas tentativas de reaproximação entre o casal madurão, seguindo os exercícios propostos pelo dr. Feld - e isso acontece pela extraordinária capacidade dos dois atores principais de se entregarem aos seus papéis, sem medo de dar vexame.

Essa naturalidade conspira a favor do filme. Mesmo resistindo a um clichê aqui, outro ali, é difícil não ter simpatia por este esforçado casal procurando recuperar o calor da paixão.

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

VEJA TRAILER LEGENDADO DE "UM DIVÃ PARA DOIS"