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Autópsia revela que Tony Scott não tinha nenhum 'sinal evidente' de tumor no cérebro

O diretor britânico Tony Scott durante entrevista em Paris, em 2009 - AFP
O diretor britânico Tony Scott durante entrevista em Paris, em 2009 Imagem: AFP

Por Steve Gorman

22/08/2012 09h08

A família do cineasta Tony Scott disse aos médicos legistas que o diretor britânico não tinha câncer no cérebro ou qualquer outra doença séria quando ele se matou ao pular de uma ponte, afirmou uma autoridade do instituto médico legal do condado de Los Angeles, na terça-feira.

O chefe de operações do departamento legista, Craig Harvey, também disse que a autópsia feita na segunda-feira revelou que Scott, de 68 anos, não tinha nenhum sinal evidente de um tumor no cérebro. Mais exames de laboratório são necessários para descartar qualquer traço microscópico de câncer, que seria muito pequeno para um médico detectar enquanto Scott estava vivo.

"A família disse que era incorreto dizer que ele tinha um câncer inoperável no cérebro", disse Harvey, acrescentando que os parentes "haviam nos avisado... que ele não tinha nenhuma condição médica séria".

As revelações aumentaram o mistério que envolve o suicídio do diretor e contradisseram informações anteriores não confirmadas da ABC News de que ele tinha um câncer incurável no cérebro, que foram atribuídas pela emissora a uma fonte não identificada próxima a Scott.

Scott, cujos trabalhos como diretor incluem "Top Gun", "Um Tira da Pesada 2", "Fome de Viver," "Dias de Trovão" e "Maré Vermelha", estacionou seu carro no meio de uma ponte suspensa sobre o porto de Los Angeles, no domingo à tarde, escalou uma cerca de 5,5 metros de altura e pulou para a água, que está a uma distância de quase 61 metros.

Seu corpo foi recuperado aproximadamente três horas depois. Autoridades do instituto médico legal disseram que um bilhete de suicídio foi encontrado em seu escritório e uma lista de pessoas para serem contactadas foi encontrada em seu carro. Autoridades não divulgaram o conteúdo do bilhete.

O subchefe do instituto legista Ed Winter disse que os investigadores não têm nenhuma teoria sobre o que levou Scott, um dos mais produtivos e bem sucedidos diretores de Hollywood, a cometer suicídio.