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Scorsese é processado por não fazer filme prometido a italianos

Martin Scorsese no lançamento de "As Aventuras de Hugo Cabret", no Japão (16/02/12) - AFP
Martin Scorsese no lançamento de "As Aventuras de Hugo Cabret", no Japão (16/02/12) Imagem: AFP

24/08/2012 20h43

Representantes de Martin Scorsese qualificaram nesta sexta-feira (24) de "chocante" e "absurdo" o processo judicial aberto pela produtora italiana Cecchi Gori Pictures, que acusa o cineasta norte-americano de descumprir a promessa de dirigir um filme para o estúdio.

Scorsese começou a rodar na quinta-feira seu novo filme, "The Wolf of Wall Street", abrindo mão de dirigir "Silêncio", um trabalho com a Cecchi Gori. A produtora alega que o cineasta havia prometido colocar o projeto italiano como prioridade, para iniciá-lo ainda em 2012.

"É chocante para nós que advogados da Cecchi Gori Pictures tenham aberto uma ação apresentando acusações tão absurdas, considerando a relação de trabalho amigável" entre as partes, disseram representantes do cineasta em nota.

O processo, movido num tribunal de Los Angeles, alega quebra de contrato, e diz que o diretor e sua produtora devem à Cecchi Gori US$ 1,5 milhão de dólares, mais 20% de outros valores que Scorsese tenha recebido para fazer os filmes que colocou à frente de "Silêncio".

Scorsese e a Cecchi Gori têm uma relação que dura vários anos, e as partes começaram na década de 1980 a discutir a adaptação de "Silêncio", romance de Shusaku Endo. A produtora italiana diz ter gastado US$ 750 mil no desenvolvimento preliminar do projeto.

O executivo-chefe da Cecchi Gori, Niels Juul, disse ao jornal Los Angeles Times que a ação foi aberta para que Scorsese esclareça quando poderá rodar o projeto, e que o estúdio espera resolver o assunto "amigavelmente".