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Luc Besson e Liam Neeson garantem adrenalina de "Busca Implacável 2", apesar de ritmo menor

Liam Neeson volta ao papel de Bryan Mills em "Busca Implacável 2", produzido por Luc Besson - Divulgação
Liam Neeson volta ao papel de Bryan Mills em "Busca Implacável 2", produzido por Luc Besson Imagem: Divulgação

Rodrigo Zavala

Do Cineweb*

04/10/2012 11h09Atualizada em 05/10/2012 04h52

O cineasta francês Luc Besson ("O Profissional") dominou há tempos o espírito hollywoodiano de fazer filmes de ação, apesar da marca francesa que empresta a suas produções. Em 2008, quando produziu e roteirizou "Busca Implacável", provou mais uma vez seu talento ao montar uma história com características do universo de Hollywood, tanto na forma quanto no conteúdo.

MESMA ADRENALINA, RITMO MENOR

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    Liam Neeson garante tensão ao filme, mas resultado fica abaixo do primeiro longa da franquia

No papel do espião aposentado Bryan Mills, o celebrado ator norte-irlandês Liam Neeson ("A Lista de Schindler") foi até Paris para encontrar sua filha Kim (Maggie Grace, da saga "Crepúsculo"), sequestrada por uma máfia albanesa para ser vendida como escrava sexual.

Depois de destruir metade da capital francesa e mandar os criminosos para o necrotério, o herói encerrou o primeiro filme com muito sangue nas mãos, mas com sua família recuperada.

E é exatamente por causa desse sangue que Luc Besson traz às telas ao escrever o roteiro e produzir "Busca Implacável 2", sequência direta do original e também produzida e corroteirizada pelo cineasta francês. Com o ambiente da vingança trazido ao primeiro plano, os familiares albaneses dos criminosos torturados e assassinados planejam sequestrar Mills, que passa férias com sua mulher Lenore (Famke Janssen, de "X-Men") e a filha em Istambul.

Liderados por Murad Krasniqi (Rade Serbedzija, de "Snatch - Porcos e Diamantes"), o grupo transforma as ruas da cidade turca em um palco de lutas, tiroteios e perseguições inflamáveis, provocadas pelo esforço do ex-agente da inteligência norte-americana em salvar a família e sair dali.

As cenas ágeis do longa ganham vigor com a intervenção de Besson e de seu amigo, o cineasta convidado Olivier Megaton, que dirigiu a sequência com a mesma competência do trabalho em "Carga Explosiva 3".

Como sequência, "Busca Implacável 2" perde um pouco da originalidade. Mas não é por isso que o novo filme fica abaixo de seu antecessor. Enquanto o primeiro possuía um ritmo acelerado e virtuoso, potencializado por diálogos furiosos (parodiados em séries de TV e na internet), a continuação perde essa força.

Mesmo Liam Neeson, que conseguia injetar drama mesmo durante a pancadaria, mostra-se visivelmente mais retraído na sequência da franquia.

Besson tem dedicado seu tempo como diretor a outros projetos mais pessoais como "Além da Liberdade", biografia sobre a militante birmanesa Aung San Suu Kyi, Prêmio Nobel da Paz de 1991, e a animação infantil "Arthur e os Minimoys", que também virou franquia. Trabalhos que demonstram a diversidade do cineasta e sua competência, que vão muito além das falhas de "Busca Implacável 2".

*As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

VEJA TRAILER LEGANDADO DE "BUSCA IMPLACÁVEL 2"