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Crise adolescente é tratada com leveza em "As Vantagens de Ser Invisível", com Emma Watson

Cena de "As Vantagens de Ser Invisível", de Stephen Chbosky, filme com Emma Watson (foto) e Paul Rudd que estreia nesta sexta-feira (19) nos cinemas brasileiros - Divulgação/Paris Filmes
Cena de "As Vantagens de Ser Invisível", de Stephen Chbosky, filme com Emma Watson (foto) e Paul Rudd que estreia nesta sexta-feira (19) nos cinemas brasileiros Imagem: Divulgação/Paris Filmes

Alysson Oliveira

Do Cineweb*

18/10/2012 14h27Atualizada em 19/10/2012 11h25

Adolescência é mais ou menos igual, só muda de endereço. A prova está registrada em filmes clássicos como "Juventude Transviada" e o contestador "If...". Seja com produções mais recentes --como os barras-pesadas "Aos Treze" e "Preciosa"-- ou comédias --como "Meninas Malvadas" e a brasileira "O Diário de Tati"--, o cinema continua a se apropriar das crises da época antes da fase adulta.

O longa "As Vantagens de Ser Invisível", que estreia no Brasil nesta sexta-feira (19), está no meio-termo: não é tão dramático, mas também não é engraçado.

Escrito e dirigido por Stephen Chbosky --baseado no seu romance homônimo-- o filme acompanha o amadurecimento de Charlie (Logan Lerman), adolescente solitário que enfrenta o traumático primeiro colegial. O começo do ano letivo é deprimente. Sem amigos e azucrinado pelos outros adolescentes, o protagonista só encontra algum apoio no professor de inglês (Paul Rudd), que lhe sugere romances para ler.

A surpresa acontece quando Charlie se torna amigo de Patrick (Ezra Miller, de "Precisamos Falar Sobre o Kevin"), o rebelde sem causa da escola, e de Sam (Emma Watson, a Hermione da série "Harry Potter"). Por meio da dupla, o jovem irá conhecer outras pessoas como Mary Elizabeth (Mae Whitman), uma punk budista.

Apesar do tema relativamente espinhoso, Chbosky trata com leveza assuntos como drogas, homossexualidade e depressão --até onde estas questões permitem. Charlie se apaixona por Sam, sem deixar de se envolver com Mary Elizabeth e transformar tudo num problema maior do que realmente é. Algo típico da adolescência.

O diretor desvia da maioria dos clichês que assolam filmes protagonizados por atores dessa faixa etária. Chbosky dá voz ao protagonista, que passa a dimensionar os problemas --há questões bem sérias no passado do rapaz-- e a compreender que a adolescência é uma fase difícil: possível de sobreviver, desde que se esteja na companhia dos amigos certos.

*As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

VEJA TRAILER LEGENDADO DE "AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL"