"Tainá - A Origem" volta no tempo para contar nascimento da indiazinha
É melhor não se dar ao trabalho de fazer as contas pois algumas coisas não terão muito sentido no terceiro filme da série "Tainá". O longa conta a história do nascimento e os primeiros anos de vida da indiazinha da franquia. Teoricamente, o filme se passaria em meados dos anos de 1990, já que o primeiro é de 2001, mas vemos nas imanges celulares pequenos, notebook e conexão sem fio.
Mas isso nem chega a ser um grande problema do filme, cujo enredo está focado em mostrar a fofura das crianças e dos animais, ao invés de se importar muito com o detalhamento da trama ou dos fatos.
Eunice Baía, que ficou famosa interpretando a primeira Tainá, é substituída por Wiranu Tembé -- índia da aldeia Tekohaw, no Pará, que tinha apenas 5 anos quando o longa foi filmado. Sua presença é um dos pontos altos do filme. Esforçada, ela faz falta quando não está em cena.
O longa, dirigido por Rosane Svartman ("Desenrola"), começa com a menina ainda bebê sendo encontrada pelo índio Vô Tigê (Gracindo Júnior), que a cria preparando-a para ser uma guerreira. Porém, ao crescer um pouco, ela precisa enfrentar uma gangue liderada por Vítor (Guilherme Berenguer), que inclui uma moça (Laila Zaid) e um capanga (Leon Goes), um sujeito estranho e deformado que assusta e sequestra crianças.
Esse bando de piratas ecológicos é algo curioso no filme. Vestidos de preto e com os olhos que brilham, lembram personagens da finada novela "Os Mutantes".
Para enfrentá-los, Tainá conta com a ajuda de seu amiguinho Gobi (Igor Ozzy). O garoto se se define como um indiozinho nerd, que está sempre com seu notebook mesmo quando anda pela mata amazônica.
Já Laurinha (Beatriz Noskoski) é uma garota da cidade que vai visitar o avô Téo (Nuno Leal Maia) a contragosto, no meio da floresta. acaba presa num balão e, quando cai no meio da mata, é salva por Tainá. Téo é perseguido pelos piratas ecológicos, pois só ele sabe onde está localizada a árvore sagrada que interessa aos vilões. Não por acaso, é a mesma árvore onde Tainá foi deixada quando bebê.
Como os outros filmes da série, "Tainá - A Origem" incorpora uma lição de ecologia e preservação da natureza embalada em ingenuidade e exageros. Em todo caso, é pouco provável que o público-alvo infantil se dê conta disso, ficando entretido com as graças dos animais.
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