"Duro de Matar 5" repete clichês, mas mantém carisma de Bruce Willis
Quando estreou o quarto filme da franquia "Duro de Matar" em 2007, não foram poucas as vozes a louvar o ator Bruce Willis pelo retorno do personagem que o fez ser um astro 12 anos antes. Destemperado e irônico, o policial John McClane estava um tanto envelhecido, mas nem por isso menos cáustico ou diligente na hora de mandar tudo e todos pelos ares (veja trailer no pé da página).
Bem recebido pelo público (US$ 383 milhões em bilheteria), o filme fez sucesso por conta da personalidade de McClane e pela qualidade e engenhosidade dos efeitos especiais e cenas de ação. Atirar uma viatura policial para explodir um helicóptero é apenas um dos delírios do roteiro.
A estreia de "Duro De Matar: Um Bom Dia para Morrer", quinto longa da série, não traz muita novidade, a não ser pela exibição em IMAX. Outra diferença está na idade, esta incansável inimiga do condicionamento físico, que torna o policial mais ranzinza do que extrovertido.
Desta vez, McClane vai procurar seu filho Jack McClane (Jai Courtney, da série "Spartacus - Sangue e Areia"), que está preso na Rússia depois de ser acusado pelo assassinato de um homem a mando do bilionário Komarov (Sebastian Koch, de "A Vida dos Outros"), que também está atrás das grades.
O homicídio é um tanto nebuloso, pois envolve um político corrupto, Chagarin (Sergei Kolesnikov, de "Almas à Venda"), interessado em dar um fim a Komarov.
Quando um atentado ocorre durante o julgamento do bilionário, Jack salva o filho, que revela ser um agente americano de olho nas possíveis provas existentes contra Chagarin. Faltou avisar ao pai John, que atrapalha o resgate da agência de espionagem e depois deve ajudar o filho em sua missão, que envolve até material radioativo de Chernobyl, cidade atualmente localizada na Ucrânia.
Com boas reviravoltas na trama, o filme é mais do mesmo, o que não é necessariamente algo ruim. Mantém a qualidade da franquia, com excelente produção, embora se enrole um pouco com a história em si, a mais fraca da série. Não deixa de ser curiosa a sensação de auto-homenagem passada pelo filme nos diálogos, por exemplo.
John McClane não está ali para fazer amigos, ter questionamentos morais ou fazer justiça. Como o próprio filho diz a ele: "Matar os caras maus, esse é o seu trabalho". E John o faz, mostrando que domina seu ofício, melhor do que a nova geração, e sai consagrado como herói -- tal como há 25 anos.
*As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb
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