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Novo "Percy Jackson" chega às telonas com objetivo de superar bilheterias do primeiro longa

Cena do filme "Percy Jackson e o Mar de Monstros" - Divulgação
Cena do filme "Percy Jackson e o Mar de Monstros" Imagem: Divulgação

Zorianna Kit

06/08/2013 11h09

Quando "Percy Jackson e os Olimpianos" foi lançado, em 2010, as comparações com "Harry Potter" foram inevitáveis: os dois filmes se baseavam em livros sobre crianças com poderes extraordinários, e os primeiros longas de ambas as séries haviam sido dirigidos por Chris Columbus.

Mas "Percy Jackson e os Olimpianos" não fez o mesmo sucesso que "Harry Potter", especialmente nos EUA. Agora, com "Percy Jackson e o Mar de Monstros", que estreia nesta semana, Columbus tem uma nova chance de mostrar que Percy pode ser igual a Harry em termos de interesse dos fãs e nas bilheterias.

O filme de fantasia contemporânea, produzido pela 20th Century Fox, tem Logan Lerman como o filho do deus grego Poseidon. A obra se baseia em uma série de cinco livros escrita por Rick Riordan, que vendeu mais de 33 milhões de exemplares nos EUA e foi traduzida em 37 línguas.

"Felizmente, a audiência internacional (do primeiro filme) foi tão grande que percebemos que havia apetite por uma sequência", disse Columbus, que continua como produtor, mas entregou a direção do segundo filme ao alemão Thor Freudenthal.

"Olimpianos", que custou estimados 95 milhões de dólares, ficou aquém das expectativas na bilheteria da América do Norte, faturando 88,7 milhões de dólares, mas se saiu muito bem nos outros mercados, arrecadando 137,7 milhões. "Mar de Monstros" custou cerca de 90 milhões de dólares, segundo uma fonte próxima à produção.

Columbus, de 54 anos, disse que tentar explicar as razões do relativo fracasso nos EUA seria "um jogo de adivinhação". "Mas a audiência dos EUA é extremamente importante. Estou muito preocupado com a audiência norte-americana."

O cineasta se diz animado com o que aconteceu com "Percy Jackson" após sair de cartaz dos cinemas: mais de 60 milhões de pessoas viram o filme na janela do "entretenimento doméstico", e 17 milhões de cópias foram vendidas no mundo todo em plataformas físicas ou digitais.

Ele disse que o primeiro filme também enfrentou resistência dos fãs por não ter sido totalmente fiel à obra literária -- como ao fazer o protagonista ter 17 anos, em vez de 11.

"O livro inicial não se sustentava em termos de fidelidade para fazermos um filme forte", disse ele, apostando em uma recepção mais calorosa dos fãs literários na segunda adaptação. "Acho que a audiência agora entende que os personagens são mais velhos, e estará muito mais aberta a pegar uma carona na sequência", disse Columbus.

(Reportagem adicional de Piya Sinha-Roy e Lisa Richwine)