Comédia "Se Puder... Dirija!" inova com 3D, mas se perde nas piadas
A comédia "Se Puder... Dirija!" entra para a história do cinema brasileiro a partir desta sexta-feira (30) como o primeiro filme de nacional realizado e exibido em 3D -- se excluídas as animações. Mas mesmo com o empenho, não há nada que justifique a novidade tecnológica.
Escrita e dirigida por Paulo Fontenelle, o filme traz o ator e comediante Luiz Fernando Guimarães no papel de João, manobrista de um estacionamento que só causa decepções ao seu filho de 4 anos, Quinho (Gabriel Palhares), e à sua ex-mulher, Ana (Lavinia Vlasak).
Depois de chegar atrasado no final da festa de aniversário do filho, ele promete que vai passar seu dia de folga com o menino e participar de uma gincana na escola.
TRAILER DA COMÉDIA BRASILEIRA "SE PUDER... DIRIJA!"
Mas tudo dá errado: João tem que trabalhar e, cobrado pela ex-mulher para ir buscar o menino na escola, decide pegar o carro de uma cliente (Barbara Paz) e cumprir sua missão.
Na volta para o trabalho, com o menino e seu cachorro flatulento no banco de trás, começam os problemas. Eles são vitimas de dois assaltantes (Sandro Rocha e Alcemar Vieira), atropelam um ciclista (Reynaldo Gianecchini) e são multados por um guarda (Eri Johnson), entre outras coisas.
O grande problema em "Se Puder... Dirija!" é a falta de graça das situações e dos diálogos. Ao contrário de comédias de sucesso recente, como "Minha Mãe É Uma Peça" ou "Até Que a Sorte Nos Separe", a história não faz rir em nenhum momento.
Guimarães parece desconfortável e desprovido de oportunidades para exercitar seu humor. O ator é bom nisso -- vide os dois filmes da franquia "Os Normais" ou programas televisivos como "TV Pirata". Apenas Leandro Hassum, o colega de trabalho de João, consegue a proeza de alguns momentos engraçados, tentando encobrir a escapada do outro.
Em "Se Puder... Dirija!", todo o esforço foi colocado no campo técnico, com negligência do básico: um bom roteiro, com algum momento engraçado ou boas atuações do elenco.
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