Nova adaptação de "Tarzan" remete a jogo de videogame
A animação alemã "Tarzan: A Evolução da Lenda" cria uma história diferente para o famoso personagem de Edgar Rice Burroughs. O "menino-macaco", que em 2012 comemorou 100 anos, aqui é filho de um empreendedor que busca na selva africana o meteoro que dizimou os dinossauros na Terra e crê que este poderá ser uma fonte de energia. O filme estreia nesta sexta-feira (17) nos cinemas.
John Greystoke (dublado por Eduardo Borgerth Neto) passa uma temporada no meio da mata com a mulher Alice (Priscila Amorim) e o filho pequeno, JJ. Ele financia a pesquisa de um amigo, o cientista Porter (Helio Ribeiro), que está próximo de encontrar os vestígios do meteoro. Porém, um acidente de helicóptero mata os pais do garoto, que é adotado por uma gorila.
A trama, roteirizada pelo diretor alemão Reinhard Klooss, além de Jessica Postigo e Yoni Brenner, parte dos pressupostos conhecidos para introduzir elementos bastante contemporâneos: o mundo corporativo e a preservação da natureza. William Clayton (Alexandre Moreno) agora é o presidente das empresas Greystoke, sem que saibam que o verdadeiro herdeiro está vivo.
Jane (Débora Nascimento) é a filha ecologista de Porter que, ao visitar o pai, acaba se encontrando com Tarzan (José Loreto) sem saber quem ele é realmente. Seu caminho também cruza com o de Clayton, que foi até a África para monitorar a descoberta dos vestígios e usar a energia do meteoro para, é claro, controlar o mundo, como todo vilão que se preze.
Deixando de lado o clima de aventura do original, o filme de Kloos parece mais um videogame, com perseguições, tiroteios e explosões. A animação mira no realismo e, nesse sentido, os animais são os melhores exemplos - com detalhes que os fazem parecer reais. Os humanos, por outro lado, são bastante estranhos, com traços que transitam entre o estilizado e uma tentativa de realismo.
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