Animação "Peabody & Sherman" aposta em cão inteligente e viagens no tempo
Aulas de história, em especial a norte-americana, fazem muita falta durante a projeção de "As Aventuras de Peabody & Sherman", animação que estreia nesta sexta-feira (28) nos cinemas. Baseado em uma das esquetes do popular programa infantil "Rocky and His Friends" (Estados Unidos), do final dos anos de 1950, a animação caminha veloz pelo espaço e tempo, dando voz a personagens como Cleópatra, Robespierre e George Washington.
Tudo isso é possível graças à inteligência de Mr. Peabody (voz de Ty Burrell, da série "Modern Family", na versão legendada), um cachorro que sabe tudo. De física quântica a esoterismo, sua genialidade humanizada o levou a ser uma das personalidades mais influentes do mundo, contribuindo tanto para a ciência, quanto para a paz.
Vivendo em uma cobertura em Nova York, Mr. Peabody adota uma criança, o Sherman (voz de Max Charles). Faz sentido. Como sempre foi um pária frente aos seus colegas caninos, ele entende que o menino órfão precisa de companhia. Há beleza no anúncio do juiz, que lhe concede a guarda de Sherman: "Se uma criança pode adotar um cão, porque um cão não pode adotar uma criança?"
Com o menino ao seu lado, Mr. Peabody constrói uma máquina do tempo, com a qual ensina história ao seu filho adotivo. Por "adotivo" entenda-se que ele faz questão de ser chamado de Mister (Mr.), ou senhor, em uma formalidade que enfatiza uma diferença, não apenas de espécie, mas de senioridade.
Quando Sherman entra em uma escola, a vida de Mr. Peabody desaba. Como o filho pode corrigir a professora sobre a vida do primeiro presidente dos Estados Unidos, sem revelar que voltou ao passado para encontrá-lo? Some-se a isso a intrusiva Penny (voz de Ariel Winter, também do "Modern Family"), que desdenha dos conhecimentos do rapaz e diz que filho de cachorro, cachorro é.
Fora da aula de história, esta animação enfatiza os laços de paternidade e amizade, que comovem mesmo os mais cínicos. Por Tróia, Egito ou Índia, Peabody encontra, no futuro e no passado, a necessidade de ser pai, mesmo que uma agente do serviço social (que não aceita a adoção) o trate, aleatoriamente, como um simples cão.
A animação circula em versões convencionais e 3D, em sua maioria, dubladas.
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