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"Clube de Compras Dallas" ganha Oscar de melhor cabelo e maquiagem

02/03/2014 23h07

LOS ANGELES, 2 Mar (Reuters) - O filme "Clube de Compras Dallas" ganhou o Oscar de melhor cabelo e maquiagem neste domingo, durante a 86ª cerimônia de entrega do principal prêmio da indústria do cinema, no Teatro Dolby, em Los Angeles.

Também disputavam o prêmio nesta categoria "Jackass Apresenta: Vovô Sem Vergonha" e "O Cavaleiro Solitário".

Em "Clube de Compras Dallas", Ron Woodroof (Matthew McConaughey) é eletricista e eventual participante de rodeios, cuja vida toma caminhos inesperados quando é diagnosticado com Aids, em meados dos anos de 1980, quando a doença era tão mais perigosa e desconhecida. Machão arrogante e cheio de si, ele logo começa uma batalha contra a indústria farmacêutica.

O inimigo de Ron - quase até mais que a doença - será o sistema de saúde e seus meandros. Sempre batendo de frente com seus médicos, o protagonista burla leis, compra AZT roubado (na época, o remédio usado no tratamento).

Quando a médica muda de lado e se torna uma aliada - também por interesses científicos sobre os efeitos da droga -, os dois percebem que altas doses do remédio podem ser mais prejudiciais do que benéficas no controle.

A mudança radical acontece quando Ron cruza a fronteira com o México, onde procura um médico norte-americano expatriado que lhe sugere uma combinação de outras drogas e uma dieta específica para aumentar a imunidade.

Em pouco tempo, Ron se torna um tipo de traficante, receitando a mesma combinação a pessoas com Aids - obviamente, ele é o fornecedor das drogas. O negócio é tão lucrativo que, com a ajuda da travesti Rayon (Jared Leto), monta e administra um escritório num quarto de hotel. Logo uma fila gigantesca se forma, uma evidência do vulto que a epidemia estava assumindo naquela época.

O setor do governo responsável pela fiscalização dos medicamentos está batendo na porta de Ron. E aí que o filme mostra a omissão do Estado que, aliado à indústria farmacêutica, parece mais interessado na burocracia do que na corrida para salvar vidas, sem demonstrar nem ao menos compaixão.