Cooper diz que "Sniper Americano" é sobre impacto da guerra em soldados
O ator Bradley Cooper é rápido em dizer que "Sniper Americano", seu filme sobre o atirador da Marinha Cris Kyle, não é sobre o conflito no Iraque, mas um estudo de caráter íntimo do impacto angustiante de guerra em um soldado e sua família.
O ator duas vezes indicado ao Oscar, que também é produtor do filme dirigido por Clint Eastwood, planejava colaborar com Kyle para levar sua história para a tela grande. Mas Kyle, ex-peão de rodeio, sobrevivente de quatro missões no Iraque e o atirador mais letal da história da Marinha, foi assassinado perto de sua casa no Texas por um veterano descontente antes de que os dois tivessem a chance de se conhecer.
"É um filme sobre o que alguém como Chris, um soldado, tem que passar e sobre o dilema, o horror e a batalha interna e com a família", disse Cooper sobre o filme, que terá lançamento limitado no Natal e estreia nacional nos Estados Unidos em 16 de janeiro.
Embora Cooper nunca tenha conhecido Kyle, sua mulher deu ao ator acesso a e-mails pessoais que o casal trocou durante suas missões no Iraque e vídeos de família que o ator considerou de valor inestimável para encontrar a essência do soldado.
"Ela abriu sua vida. Não tivemos que criar nada com nossa imaginação, literalmente nada. Tudo o que tivemos que fazer foi absorver o que ela nos deu", disse Cooper, candidato a melhor ator por "Trapaça" e "O Lado Bom da Vida", em entrevista a jornalistas.
O filme alterna entre cenas de batalha no Iraque, flashbacks de sua infância e regressos difíceis para casa, enquanto o casal tenta lidar com o impacto das experiências de Kyle em sua família.
Cooper afirmou esperar que o filme abra os olhos dos espectadores para as lutas que os soldados enfrentam no campo de batalha e quando retornam para casa.