Cineasta Roman Polanski diz não esperar extradição para os EUA
O cineasta Roman Polanski disse nesta quinta-feira (15) que não espera que a Polônia atenda a um pedido de extradição feito pelos Estados Unidos por causa de sua condenação em 1977 por crime sexual contra uma menor.
Polanski, que se prepara para filmar um longa na Polônia, foi entrevistado na quarta pelos promotores poloneses responsáveis pelo pedido de extradição dos EUA.
Eles devem encaminhar o pedido a um tribunal, que, caso queira dar procedimento, vai repassar o pedido ao ministro da Justiça polonês para uma decisão final. Muitos poloneses consideram Polanski uma de suas maiores personalidades culturais vivas.
"Se chegar até uma extradição, e eu não espero que isso vá tão longe, eu teria um problema, mas tenho esperança de que não chegue a isso", disse Polanski em uma coletiva de imprensa no escritório de seu advogado, em Cracóvia, no sul da Polônia.
Ele passou a maior parte da entrevista coletiva falando sobre o filme que se prepara para filmar na Polônia, sobre o caso Dreyfus, um escândalo político que abalou a França há mais de um século.
Polanski, de 81 anos, é filho de poloneses, mas vive na França. Ele é reconhecido internacionalmente por filmes como "Chinatown" e "O Pianista".
O cineasta alegou ser culpado em 1977 de ter feito sexo ilegal com Samantha Geimer, à época com 13 anos, durante uma sessão de fotos em Los Angeles regada a champanhe e drogas.
Polanski chegou a ficar 42 dias preso como parte de uma acordo de 90 dias em troca de sua confissão. Ele fugiu dos Estados Unidos no ano seguinte, sob a crença de que o juiz responsável pelo caso poderia desautorizar o acordo e condená-lo a anos de cadeia.
Em 2009, Polanski foi preso em Zurique, na Suíça, por causa de um mandando dos EUA, sendo colocado em prisão domiciliar. Ele fugiu em 2010 depois que as autoridades suíças decidiram não extraditá-lo para os EUA.
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