Rocambolesco, "Busca Implacável 3" fica muito aquém da série
Um dos principais desafios das sequências cinematográficas é, sem dúvida, ampliar a qualidade narrativa das produções. Criatividade para sair da mesmice, engenhosidade na construção de cenas mais afiadas e coragem para refazer o que não deu certo.
Iniciada em 2008, a franquia do diretor francês Luc Besson, "Busca Implacável", começou fervorosa. Trazia o celebrado irlandês Liam Neeson (que se renovou como ator do gênero) como o ex-agente secreto Bryan Mills em busca de sua filha sequestrada por mafiosos em Paris. Destruiu metade da Cidade-Luz para reaver a garota, para voltar a salvá-la em 2012 (na sequência), em Istambul, que também mandou pelos ares antes de vencer os criminosos.
No entanto, já era possível notar uma perda qualitativa entre a primeira e segunda produção. Mais do que na direção (que passou a Olivier Megaton, de "Carga Explosiva 3"), perdia-se em inventividade: as cenas de ação não superavam as do primeiro, sendo até menos impactantes.
Neste terceiro filme, que estreia nesta quinta (22), a situação não mudou. Produzido e roteirizado por Besson, e novamente dirigido por Megaton, parece parado no tempo. Falta aqui um trabalho técnico mais apurado, que crie as situações de tensão, tão presentes no início da franquia, e que rivalize com produções mais atuais como a "Bourne? (que tem a volta anunciada), "Duro de Matar" (que chegou ao quinto capítulo), ou mesmo o surpreendente "De Volta ao Jogo" (com Keanu Reeves).
Na trama, depois dos acontecimentos em Paris e Istambul, Mills está em paz. Quer voltar para sua ex-mulher Lenore (Famke Janssen) e sua filha Kim (Maggie Grace) está grávida. No entanto, quando Lenore é assassinada em seu apartamento, e todas as pistas apontam para ele, precisará provar sua inocência e, mais uma vez, salvar a filha.
Como não sabe se a tragédia tem a ver com os criminosos que matou no passado, Mills resolve investigar a morte, apesar dos esforços da polícia, liderada pelo detetive Franck (Forest Whitaker). E o rastro leva para um mafioso, Oleg (Sam Spruell), aparentemente, um sócio de Stuart (Dougray Scott), agora viúvo de Lenore.
Com um desenvolvimento rocambolesco, o resultado é muito aquém, não apenas do potencial da franquia, mas da ficha corrida da equipe e elenco. Em entrevista, Liam Neeson disse que poderia atuar em um quarto filme (embora este não tenha sido anunciado), que não deixaria de ser uma oportunidade para Besson e Megaton renovarem os rumos da franquia.
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