Diretor de "Hotel Ruanda" revisita tragédia da 1ª Guerra em "The Promise"
Um novo filme que aborda o massacre de armênios cometido pelas forças otomanas durante a Primeira Guerra Mundial quer provocar discussões sobre uma tragédia histórica que ainda tem o poder de causar tensões políticas, de acordo com seu diretor.
"The Promise", a produção mais recente de Terry George, fez sua estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto na noite de domingo.
O drama histórico é protagonizado por Oscar Isaac, que vive um estudante de medicina armênio, e Christian Bale, um correspondente estrangeiro dos Estados Unidos, que se apaixonam pela mesma mulher. O triângulo amoroso se desenrola com o pano de fundo da entrada do Império Otomano na guerra e a subsequente matança de cristãos armênios.
A natureza e a escala da chacina continuam gerando polêmica. No início deste ano, a Turquia convocou seu embaixador na Alemanha em protesto contra uma resolução parlamentar que declarou que o massacre dos armênios em 1915 foi um genocídio.
A Turquia reconhece que muitos armênios morreram em combates sectários a partir daquele ano, mas nega que até 1,5 milhão deles foram assassinados e que isso constituiu um ato de genocídio, termo usado por muitos historiadores ocidentais e parlamentos estrangeiros.
"É um assunto que há 100 anos... vem sendo suprimido, e achei que essa era uma oportunidade maravilhosa para tentar esclarecer o mundo, e ao mesmo tempo contar uma história cativante", disse George em uma entrevista no tapete vermelho antes da estreia.
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