Lunar (2008)

Maurício Stycer

Da redação 25/01/2010

Nota 4

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Numa base espacial na Lua, mantida pela Lunar Industries, Sam Bell extrai do solo e envia regularmente à Terra uma substância que ajuda a renovar a energia do planeta. Em sua solitária missão, o astronauta tem a companhia apenas do computador Gerty, que o orienta e ajuda.

Faltando duas semanas para completar a missão de três anos, o astronauta aguarda a hora de voltar para casa e ser substituído por um novo funcionário. De uma hora para a outra, Sam começa a delirar, sofre um acidente e acaba encontrando um clone seu dentro da estação lunar.

Muito mais que isso não é possível contar sem correr o risco de roubar o prazer que "Lunar" (Moon, 2008) promete. Por 97 minutos, vamos assistir ao embate entre estes dois Sam - vividos pelo mesmo Sam Rockwell com impressionante riqueza de nuances - e Gerty, o computador inspirado no HAL 9000 de "2001, Uma Odisséia no Espaço", cuja voz é do ator Kevin Spacey.

Com pouquíssimos recursos, e sem pretensão, o estreante Duncan Jones fez um filme quase sem efeitos, ambientado em um mesmo cenário fechado. É verdade que, às vezes, temos a impressão de estar assistindo a uma peça de teatro filmada, mas é justamente desse ambiente claustrofóbico que "Lunar" retira a sua força, discutindo questões universais, que interessam a qualquer um.

Pequena jóia, que o grande público não "comprou", talvez justamente por ser um filme de ficção científica sem grandes efeitos, "Lunar" hoje esconde-se em alguma prateleira da locadora mais próxima da sua casa. Não perca.