13º Distrito - Ultimato (2009)

Otávio Moulin

Da redação 20/10/2009

Nota 2

O Parkour nasceu na França e é chamado de "arte do movimento", inspirado nos circuitos de obstáculos utilizados em treinamentos militares. O objetivo é aperfeiçoar o corpo e a mente em uma atividade que lembra a brincadeira de "siga o chefe" por ambientes abertos, em que praticantes devem ultrapassar todo tipo de objeto pelo caminho, como escadas, bancos e até automóveis. O exercício logo ganhou espaço na mídia e foi a força por trás de filmes locais, como "Yamakasi" e "Os Filhos do Vento", além de figurar em grandes produções internacionais como "007 - Cassino Royale" e "Duro de Matar 4.0".
David Belle, co-criador do Parkour, virou astro de cinema a convite de Luc Besson, que viu potencial na prática e resolveu escrever e produzir o cultuado "O 13o Distrito", fita de ação guiada de forma enxuta e certeira pelo então iluminador Pierre Morel em 2004. Uma inevitável continuação foi logo colocada no forno e chega agora em DVD como "13o Distrito - Ultimato".
Para os fãs, não poderia ser mais decepcionante. A mão certeira de Morel faz falta e o novo diretor, Alessandrin, não consegue contornar as limitações do roteiro preguiçoso de Besson, que se afunda em um discurso político manco e coloca em segundo plano todos os elementos que fizeram o sucesso da fita original. Tanto Belle quanto seu parceiro Cyrill Raffaelli, um talentoso dublê e acrobata, se esforçam para dar relevância aos poucos momentos de ação e humor do longa, mas tem pouco a fazer. É uma continuação fria e sem rumo que mal parece ter ligações com uma fita tão espirituosa e concisa quanto a de 2004.