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Ficha completa do filme

Ação, Aventura

Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado (2007)

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema
Nota: 3

Houve um esforço por parte da Fox em realizar esta fita de ação e fantasia mantendo uma censura livre, permitindo o acesso às crianças e às famílias. Não sei dizer se afetou a realização (o mesmo diretor Story voltou ao posto), porque o filme ficou com cara de episódio de uma série de TV, com impacto por vezes inferior ao de "Heroes". Muito curto, básico, com efeitos pouco impressionantes e ênfase em comédia. Assim, todos os super-heróis usam seus poderes para momentos leves, como os braços elásticos sendo aproveitados numa dança de discoteca, e Sue Tempestade (Storm) ficando novamente nua na rua - mas nada se vê da bela Jessica Alba.

Gostei do primeiro filme justamente por sua despretensão. Era apenas uma aventura divertida e fácil de ver. A segunda segue a mesma linha. A figura maior desta continuação é o Surfista Prateado (o fã de cinema o conhece porque era o personagem favorito de Richard Gere em "A Força de um Amor"/"Breathless"). Só que ele parece mais um logotipo para marca de carro ou programa de esporte na TV. Vindo do espaço e consumindo a energia das pessoas e dos mundos (que ficam destruídos depois de sua passagem), na verdade ele foi chamado (adivinhem por quem?). Ele foi criado digitalmente usando-se um ator como modelo e a voz de Laurence Fishburne. Mas isso não lhe dá muita personalidade ou presença. Fora uma perseguição nas ruas (vista no trailer), o resto cai na banalidade. O pior é que isso sucede também com os protagonistas, como O Coisa/Ben Grimm ou Johnny Storm/Tocha Humana/Mr. Fantastic, que pouco têm a fazer e viram meros coadjuvantes.

Toda a trama parece se resumir nos problemas para realizar o casamento do Doutor com a Mulher Invisível, nos intervalos que lhe sobram enquanto não estão salvando o mundo (lembrando um pouco as crises de "Os Incríveis"). Ao menos foge dos heróis torturados e situações metidas a besta. É pura aventura, com alguns momentos complicados (a história do Surfista, sua origem e problemas ficam difícil de entender) e pontinha do criador Stan Lee sendo barrado numa festa. Mas basicamente é para ver, passar o tempo e esquecer. PS.: desta vez deixam Nova York em paz, preferindo destruir Londres, a Roda Gigante, o Rio Tâmisa e a Muralha da China.

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