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Ficha completa do filme

Drama

O Filho do Sheik (1926)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2006
Nota 1

O grande astro do cinema mudo Rudolph Valentino (1895-1926) encerrou sua carreira, abreviada precocemente por uma úlcera perfurada, com este filme, originalmente da United Artists, uma continuação de um de seus maiores sucessos, "O Sheik" ("The Sheik", 1921), feito na Paramount.

Valentino reprisa o papel original do sheik, agora envelhecido, e faz também o filho (e as cenas em que ambos os personagens contracenam são muito bem feitas), e tem como interesse romântico a bela húngara Vilma Bánky (1898-1991), com quem ele já havia feito "O Águia" ("The Eagle", 1925).

É essencialmente um melodrama romântico, ambientado no exótico oriente (naturalmente tudo rodado em estúdio, com as cenas do deserto filmadas nas dunas de Santa Bárbara, na Califórnia), bem ao gosto da época, com poucas cenas de ação e Valentino menos maquiado, afetado (e, pelos padrões de hoje, até afeminado) do que em outros de seus filmes.

Mas o filme é bem dirigido pelo competente Fitzmaurice (1885-1941), que trabalhou com Garbo, tem cuidada cenografia do mestre William Cameron Menzies, e não envelheceu mal. Pode ser, portanto, uma boa introdução ao mitológico galã.

Curiosidade: a música original dessa cópia (que é do relançamento de 1937) é de Artur Guttmann, mas os créditos informam que as seqüências com música turbulenta foram musicadas por Gerard Carbonara. Cópia tingida em sépia, bastante boa. A capinha faz uma tremenda confusão ao listar toda a equipe técnica numa lista só, misturando nomes e atribuições em inglês e português.

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