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Ficha completa do filme

Musical,Drama,Romance

Nasce uma Estrela (1937)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2002
Nota 4

Primeira das três versões da história clássica (a segunda em 1954 com Judy Garland e James Mason, a outra em 1976 com Barbra Streisand e Kris Kristofferson). Mas a história inspirada em fatos reais, foi também inspirada no filme "Hollywood" ("What Price Hollywood?", de George Cukor, com Constance Bennett e Lowell Sherman).

Ganhou Oscar Especial pela Fotografia a Cores (raridade na época) e argumento original. Foi indicado como Atriz (Janet), Ator (March), Diretor Assistente (categoria que não existe mais), Direção, Filme, Roteiro. Embora todos contem histórias semelhantes, este é o mais humano e mais resolvido (talvez por ser o único não musical, no máximo tem retumbante trilha musical de Max Steiner). O grande achado é a aparição da avó (a venerável May Robson, que dá a mensagem do filme: é melhor ser infeliz por conta própria, fazendo o que gosta. Na vida sempre se paga um preço e em geral muito alto, também para o sucesso).

É uma produção Classe A de David Selznick ("E o Vento Levou"), impecável no retrato de uma época lendária de Hollywood. Jack Conway também dirigiu cenas do filme e a famosa escritora Dorothy Parker é uma das roteiristas junto com o marido Alan Campbell. Isso embora Janet não convença no papel central e o roteiro tenha muitos clichês, puro kitsch hollywoodiano.

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema [resenha-data-cadastro]
Nota 4

Houve um "Nasce uma Estrela" em 1937, com Janet Gaynor, esta versão e depois outra, com Barbra Streisand, em 1976 (inspirado vagamente em fatos reais, o filme foi também inspirado em outra fita do mesmo diretor Cukor, "Hollywood/ What Price, Hollywood?", de 1932).

Este foi produzido como veículo para o retorno ao estrelato de Judy Garland, pelo marido dela na época, na tentativa de provar que sua mulher era, além de uma grande estrela, uma ótima atriz.

Judy havia sido despedida pela Metro em 1950 e teve que reconstruir sua carreira fazendo shows ao vivo em teatros. Foi para marcar esse "comeback", esse renascer das cinzas, que inventaram este musical para provar seu talento, o que na época ainda era contestado. Ela chegou a ser indicada ao Oscar e era considerada favorita, mas quem acabou ganhando foi Grace Kelly, por "Amar é Sofrer" (a fita teve outras cinco indicações: ator, direção de arte, canção, com "The Man That Got Away", e arranjos musicais).

O filme teve muitos problemas, além dos atrasos e doenças habituais de Judy. Eles haviam desejado Cary Grant para o papel central, mas na última hora ele desistiu. O estúdio resolveu cortar 47 minutos da fita depois de sua estréia e o diretor George Cukor rejeitou essa versão e acabou morrendo antes de ver esta cópia parcialmente restaurada (de alguns momentos foram encontradas apenas fotos).

Não foi Cukor, mas Roger Edens quem dirigiu justamente a seqüência mais famosa do filme, o longo número musical "Born in a Trunk", uma história quase autobiográfica de Judy.

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