Um Ianque na R.A.F. (1941)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2006

Nota 3

O próprio chefe da Fox, Darryl F. Zanuck, concebeu esta aventura romântica realizada em plena II Guerra, louvando a camaradagem entre os EUA e a Inglaterra. Caprichada (foi indicada ao Oscar de Efeitos Especiais) e bem humorada, traz dois dos maiores astros do estúdio, Tyrone Power (1913-58) e Betty Grable (1916-73), formando um triângulo amoroso com John Sutton, em uma Inglaterra em luta contra os nazistas.

Tyrone faz um aviador paquerador e irreverente que reencontra Betty, sua ex-namorada insatisfeita com o comportamento dele (que dança em uma boate, pretexto para alguns números musicais) e que está sendo cortejada por um sisudo piloto inglês.

Tudo emoldurado por grandes batalhas aéreas, usando imagens reais da RAF habilmente combinadas com miniaturas e back-projections (com o clímax sendo o ataque a Dunquerque).

Dirigido pelo bom artesão Henry King (1886-1982) foi um grande sucesso da época, mas é lembrado hoje mais porque foi feita no auge de Betty como a favorita dos pracinhas que iriam lutar na Guerra (o filme estreou meses antes do ataque a Pearl Harbor).

O roteiro originalmente tinha um final trágico, modificado a pedido dos ingleses (que obviamente não queriam que os americanos achassem que ajudá-los era morte certa).