Ladrão que Rouba Ladrão (1943)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2006

Nota 1

Este foi o melhor dos seis filmes que, já no final da carreira, a dupla O Gordo e O Magro, Stan Laurel (1890-1965) e Oliver Hardy (1892-1957), fez como contratados da Fox. Na verdade não por ser uma obra-prima, mas pela indigência dos outros.

Aqui mais uma vez uma idéia muito interessante e promissora foi mal aproveitada. Stan e Oliver são dois músicos que compõem a única orquestra do mundo com apenas dois membros, e que tocam usando um aparato mecânico que permite que acionem todos os instrumentos de uma só vez.

Há apenas uma curta seqüência com eles tocando, e logo os dois entram em uma trama policial onde tentam ajudar uma cantora (a futura estrela Vivian Blaine) a recuperar dinheiro que malandros tiraram de sua tia, com o auxílio de outro enganador (Bailey), tornado honesto por amor à moça.

Mas há bons momentos, em especial com os dois se passando por texanos e depois com Stan, vestido de mulher, fingindo ser uma milionária para servir de isca para os bandidos.

Também ajudou a direção de Malcolm St. Clair (1897-1952), um veterano dos filmes de Buster Keaton e Rin Tin Tin que se dava bem a dupla, em especial com Stan.

O filme foi realizado em plena II Guerra e teve problemas de produção devido ao racionamento do período, tornando-se ainda mais modesto (e fazendo piada com um problema então do dia-a-dia dos americanos, o racionamento de gasolina). Faz parte do box "Coleção O Gordo e O Magro Vol. 2".