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Ficha completa do filme

Suspense

Pavor nos Bastidores (1950)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 30/11/2004
Nota 1

Alfred Hitchcock voltou para a sua Inglaterra natal depois de vários anos para realizar "Pavor nso Bastidores", mas não acertou.

É um filme policial até banal, com elenco inadequado e muito inferior ao que o diretor vinha fazendo na época. É dos filmes que ele menos gosta porque acha que fez mal em enganar os espectadores, ao mostrar cenas que depois se revelam mentiras (essa é uma regra, nunca mentir, que ele nunca mais quebrou).

Além disso, Hitchcock detestava o ator principal, Richard Todd, que considerava inexpressivo -de fato, Mr. Todd não foi longe. Marlene Dietrich canta e desequilibra o filme (mas as canções são de primeira, "La Vie en Rose" e "The Laziest Gal in Town", de Cole Porter), coisa também anti-Hitchcockiana.

Como todo filme do diretor, tem seus momentos e defensores, como Eric Rohmer e Claude Chabrol, que demonstraram apoio a uma inovação técnica, o famoso "retour en arrière" (volta para trás), no começo. Elogiam ainda o uso de closes, câmera lenta, humor negro, fotografia sugestiva e cenas sem diálogos.

Marlene vestida de Dior não está em seus melhores dias. A heroína Jane Wyman, ex-mulher de Ronald Reagan, tinha ganhado o Oscar por "Belinda" pouco antes do filme. Michael Wilding, que faz o inspetor, pouco tempo depois se casaria com Elizabeth Taylor.

Hitchcock faz sua ponta, virando-se para ver Eve (Jane) disfarçada de camareira da estrela.

A edição em DVD traz como extra o making of "Hitchcock e Pavor Nos Bastidores". Faz parte da caixa "Coleção Alfred Hitchcock".

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