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Ficha completa do filme

Aventura

O Pirata Sangrento (1952)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2006
Nota 1

A cópia de origem duvidosa, com cores apagadas, som ruim e ainda metragem de dez minutos menor, prejudica muito esse clássico em Technicolor da Sessão da Tarde na TV brasileira, originalmente da Warner.

O clima do filme já é estabelecido na abertura, quando o astro Burt Lancaster (1913-94) se dirige ao espectador avisando-o do que virá pela frente. "Aproximem-se, rapazes e moças, aproximem-se! Vocês foram trazidos a bordo da última viagem do Pirata Sangrento, muito tempo atrás, no distante, distante Caribe! Lembrem-se, um navio pirata, em águas piratas, em um mundo pirata! Não façam perguntas, só acreditem no que vêem! Não, acreditem apenas na METADE do que vêem!"

Trata-se de uma energética e bem-humorada aventura, com ritmo frenético e tom de farsa, quase uma paródia dos filmes de piratas, e muito parecido com um sucesso anterior de Lancaster, "O Gavião e a Flecha" ("The Flame and The Arrow", 1950).

Novamente ele faz um herói acrobático, ousado e gozador, que luta contra a opressão da nobreza e do governo. Só que aqui é um capitão de piratas que promete entregar um líder rebelde em troca de dinheiro. Mas acaba se apaixonando pela linda filha do prisioneiro (Eva Bartok) e aderindo à causa deles, provocando a revolta de seus comandados.

O filme é pura diversão, ocasionalmente absurda e ultrajante, valorizada pelas estonteantes proezas realizadas pelo próprio Lancaster (que era ex-artista de circo), acompanhado pelo seu antigo parceiro e amigo na vida real, o baixinho Nick Cravat (1912-94).

Como em "O Gavião e A Flecha", Cravat faz um mudo que se comunica por sinais, mas não por realmente não poder falar. É que o acrobata e dublê de ator, que fez carreira à sombra de Lancaster, tinha um fortíssimo e intransponível sotaque do Brooklin. Divirta-se.

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