Armadilha Amorosa (1955)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 03/06/2008

Nota 3

Como sempre a Warner lança no Brasil edições reduzidas de suas coleções Clássicas. Neste caso, a coleção "Frank Sinatra - Anos Dourados" perdeu na viagem dois filmes: "O Homem do Braço de Ouro" e "Os Bravos Morrem Lutando" (None But The Brave, 1965), que Sinatra dirigiu).

Além disso, outra caixa foi ignorada no país. "Sinatra The Early Years" disponibiliza nos EUA os musicais que ele fez na RKO, entre 1943 a 1951: "A Lua a Seu Alcance", "Vivendo de Brisa" e "Isto Sim que É Vida e Dois", da Metro, "Aconteceu no Brooklyn" e "Beijou-me um Bandido", todos entre os anos de).

Aqui, chega esta comédia junto com "Deus Sabe Quanto Amei" (Some Came Running) e "Vamos Casar outra Vez", este já da decadência do astro.

Como se sabe, Sinatra (1915-1988) gostava de passar a imagem de playboy e 'bon vivant' e, por isso, este é seu filme preferido, e que ele tentou reviver depois na tela, em "O Bem amado" (Come Blow Your Horn) e na vida real.

Famoso por sua simpática canção tema, de Jimmy Van Heusen e Sammy Cahn, indicada ao Oscar, o filme é baseado em peça de Max Shulman e Robert P. Smith que fez sucesso na Broadway com Robert Preston e Kim Hunter, e foi adaptada por Julius Epstein (de "Casablanca").

Hoje soa convencional a velha história do conquistador inveterado que se vê irremediavelmente apaixonado pela moça ingênua (Debbie, encantadora como sempre, e que na vida real sempre manteve amizade com o clã Sinatra).

O filme acabou ficando datado. Falta ritmo, mais trilha musical e situações mais divertidas. Nem a história convence. Mas Sinatra é melhor do que se pensava, ao menos na época.