Foi um enorme sucesso de bilheteria, também no Brasil, este drama sentimental/ religioso do diretor Ladislao Vajda (1905-65), que por uns tempos transformou em astro o menino Pablito Calvo (1949-2000). Ele chegou mesmo a visitar o Brasil, apesar do seu mau humor bem espanhol.
Também a canção tema fez muito sucesso aqui, em versão com a cantora Wilma Bentivegna. Pablito fez alguns outros filmes, mas perdeu seu encanto e largou a carreira. Resta este clássico, muito ingênuo, que ainda funciona, graças a simplicidade do garoto, que ganha seu nome porque oferece um pedaço de pão e um pouco de vinho à uma imagem de Jesus, que desde então, passa a conversar com ele.
O filme ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim, além de Menção Especial do Júri para Pablito e o prêmio Católico (OCIC) em Cannes. A mesma história já não funcionou quando foi refilmada a cores como "Marcellino", por Luigi Comencini, em 1991, com o garoto Nicolò Paolucci. O narrador da história é Fernando Rey, depois famoso por seus trabalhos com o diretor Luis Buñuel.