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Ficha completa do filme

Drama

Anastásia, A Princesa Esquecida (1956)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2005
Nota 1

A volta de Ingrid Bergman num filme americano, após seu casamento com o diretor italiano Roberto Rossellini (e o escândalo, visto que ela havia ficado grávida dele quando ainda era casada com outro. Isso destruiu sua carreira americana, sendo criticada até no Congresso dos EUA como pecadora pública).

Ingrid Bergman (1915-82) ganhou seu segundo Oscar pela sua brilhante interpretação da pretensa princesa russa Anastácia (na época, houve um filme semelhante e rival com Lilli Palmer, mais tarde um telefilme com Amy Irving e até desenho animado de longa-metragem da Fox). É justamente esse fator de dúvida, o filme nunca deixar claro se ela é mesmo Anastácia ou não, sua principal qualidade: as conclusões ficam por conta da imaginação do público.

O que é hoje prejudicado porque os fatos científicos já demonstraram que Anastásia não escapou da morte, foi liquidada junto com toda a família pelos bolcheviques. Adaptação da peça de sucesso de Guy Bolton, apenas inspirada nos fatos reais, o filme é sofisticado e complexo, mais focado nas relações humanas do que na verdade histórica; o mérito vai em grande parte para a direção do russo Anatole Litvak (1902-74).

Também brilha a grande atriz de teatro Helen Hayes (1900-93) como a imperatriz, retornando ao cinema depois de longa ausência (e as cenas entre as duas estão entre os pontos altos do filme). Também foi dos primeiros trabalhos de Yul Brynner como astro (ele ganhou o Oscar do ano por outro filme, "O Rei e Eu").

Há ainda a bela trilha musical de Alfred Newman (que também foi indicada ao Oscar). Infelizmente, apesar de existir em DVD da Fox nos EUA, a cópia de origem duvidosa é ruim, com problemas de digitalização. Merecia uma edição oficial.

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