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Ficha completa do filme

Drama,Romance

Orfeu Negro (1959)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2001
Nota 4

Foi um sucesso mundial este filme francês rodado em português no Rio de Janeiro, com elenco quase todo nacional (menos a americana e dançarina Marpessa, que foi dublada), mas que estranhamente sempre foi renegado pelo cinema brasileiro. Tanto que Carlos Diegues resolveu refilmá-lo com bem menos felicidade (apesar de alguns acertos) em "Orfeu" (1999).

Premiado com a Palma de Ouro em Cannes, o Oscar de filme estrangeiro, o Globo de Ouro de filme estrangeiro, entre outros prêmios, o filme é inspirado na peça "Orfeu da Conceição", do poeta Vinícius de Moraes, que se inspirou, por sua vez, no mito grego.

Exibido no Brasil como "Orfeu do Carnaval", ele foi responsável pela divulgação da Bossa Nova em todo o mundo, por causa da excepcional trilha musical de Vinícius, Luis Bonfá, Jobim e Antonio Maria, que contém alguns clássicos como "Manhã de Carnaval" e "A Felicidade" (na voz suave de Agostinho dos Santos).

O filme retrata um Rio e um tipo de vida em favela que hoje já não existe mais. Uma visão poética e talvez um pouco folclórica, mas surpreendentemente eficiente. Todo o elenco está ótimo, inclusive o estreante jogador de futebol Breno, o campeão olímpico de salto triplo Ademar (que faz a Morte), a rival Lourdes (que se casaria com o diretor).

Aliás, Camus (1912-82), apaixonado pelo Brasil, rodaria outros filmes por aqui sem a mesma repercussão ("Os Bandeirantes", 1960, "Os Pastores da Noite", seu último, em 1976).

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